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Ratos surpreendem ao dar primeiros socorros a parceiros inconscientes; empatia animal

Vitor Guerras
28 / 02 / 2025 às 08 : 18
Os pesquisadores descobrirem que, em situações de estresse, os ratos podem fazer primeiros socorros nos companheiros. - Foto: Wenjian Sun
Os pesquisadores descobrirem que, em situações de estresse, os ratos podem fazer primeiros socorros nos companheiros. - Foto: Wenjian Sun

Pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que ratos fazem primeiros socorros e tentam reanimar os companheiros que estão inconscientes.

Quando a neurocientista Li Zhang anestesiava ratos para suas pesquisas, notou um comportamento incomum. Quando devolvia os animais para o cativeiro, os companheiros cutucaram e mordiscavam o rosto do bichinho.

Ao verificar o comportamento instintivo dos roedores mais a fundo, Li descobriu que os pequenos animais não apenas percebem quando um companheiro está em uma situação de risco, mas respondem a isso de maneira organizada e persistente. A descoberta, publicada na revista Science, levantou várias questões sobre empatia no reino animal.

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Comportamento para ajudar

Ao analisar os comportamentos, os especialistas notaram que os ratos passavam por diferentes fases durante o “resgate”.

Primeiro, se aproximavam para farejar e lamber, como se tivessem tentando identificar a situação.

Depois, cutucaram o companheiro e, em alguns cenários, chegaram até a puxar a língua do animal para fora.

Com isso, conseguiram desobstruir as vias respiratórias e acelerar a recuperação do animal inconsciente.

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Empatia ou curiosidade?

O estudo foi controverso e recebeu críticas de outros cientistas.

Alguns argumentaram que o comportamento pode ser motivado apenas pela curiosidade.

Outros, afirmavam que os ratos agiam de tal maneira diante de um companheiro que não respondia aos estímulos normais.

Para validar a tese da empatia, os pesquisadores repetiram o experimento por cinco dias consecutivos. Se fosse apenas curiosidade, esperavam que o interesse dos ratos diminuísse com o tempo.

Neurônios ligados

Mas o que aconteceu foi o oposto: as tentativas de reanimação aumentaram ainda mais.

Além disso, o grupo reparou que os neurônios ligados à produção de ocitocina, um hormônio associado ao comportamento social e ao cuidado, estavam ativados durante todas as tentativas de ajuda.

Próximos passos

Os pesquisadores agora querem pesquisar até onde a empatia pode ir.

Nos próximos estudos, vão investigar se os comportamentos aparecem em outras situações de estresse e qual o impacto deles na sobrevivência dos grupos.

O estudo apontou que os roedores exibem comportamentos semelhantes aos de reanimação. - Foto: Georgejason/Getty Images/iStockphoto
O estudo apontou que os roedores exibem comportamentos semelhantes aos de reanimação. – Foto: Georgejason/Getty Images/iStockphoto
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