Aos 88 anos, idosa faz próteses para ajudar mulheres que fizeram mastectomia

Parar? Jamais! Aos 88 anos, essa idosa brasileira lidera, incansavelmente, um projeto para doar próteses mamárias a mulheres mastectomizadas. O nome dessa mulher cheia de empatia é Maria Olga Mandetta.
Ela e várias pessoas voluntárias se unem no grupo Casa da Amizade, em Campo Grande. Lá, dedicam tempo e carinho para amenizar o impacto que a remoção de uma ou ambas as mamas têm nas mulheres.
Apesar da idade, Maria Olga se recusa a parar. Ela, que já lidera a entidade há mais de 20 anos, quer mais. “Nosso objetivo aqui é servir”, resumiu a idosa em entrevista ao Campo Grande News.
Missão de vida
Elas produzem aproximadamente 50 próteses por mês apenas para a Rede Feminina de Combate ao Câncer.
Todas as quartas-feiras tem reunião para cortar, costurar, encher e lacrar as próteses.
A ideia é que mulheres que passaram pela cirurgia se sintam com conforto e segurança.
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Solidariedade é a palavra
O projeto nasceu graças à colaboração de pessoas de diferentes partes do país.
Os primeiros moldes e tecidos foram doados por uma senhora de Catanduva.
Ao longo dos anos, a iniciativa ganhou fôlego e hoje atende hospitais como a Santa Casa local.
Maria conta que várias mulheres viajam de outras cidades e até mesmo de estados vizinhos em busca das próteses que ela faz com a equipe de voluntários.
Devolve sorrisos
Cada prótese entregue é um sorriso no rosto. Não é apenas um item físico, mas uma chance de recuperar a autoconfiança e o bem-estar.
Maria Olga lembra como tudo começou:
“Uma vez, eu estava na Santa Casa e uma mulher chegou, levantou a blusa e me mostrou a cirurgia. Era um corte enorme, com pontos pretos. Eu fiquei impactada. Peguei um sutiã e uma prótese e mandei ela vestir no banheiro. Quando voltou, olhou no espelho e disse: ‘Olha como estou linda! Vou embora para Miranda, meu marido vai amar.”
Se recusa a parar
Apesar dos 88 anos, Maria disse que não quer parar tão cedo.
Ela confessa que já pensou em se aposentar, mas a paixão pelo que faz é motivadora.
“Tem hora que eu canso, mas não desisto. Quem não gostar de mim, que olhe para a parede, porque daqui eu não saio”, brincou.

