É do Brasil! A adolescente, Maria Larissa Paiva, de 16 anos, estudante da rede pública de Pires Ferreira, interior do Ceará, descobriu um asteroide em um programa da NASA.
Com notebook emprestado, já que não tem condições de comprar o seu, a jovem encontrou um asteroide não detectado antes no programa “caça a asteroides”, promovido pelo International Astronomical Search Collaboration (IASC), que busca popularizar a ciência.
O sonho dessa jovem promissora é levar a astronomia para crianças do ensino fundamental e comunidades da cidade em que mora com o projeto “Pires Ferreira nas Estrelas”. Para apoiá-la nesse lindo projeto, só clicar aqui.
“Eu quero democratizar o ensino de astronomia para a população piresferreirense e ajudá-los a conquistar premiações e destaque nos programas e olimpíadas”, disse.
Programa da Nasa e medalha em Olimpíada
A estudante da Escola Estadual de Educação Profissional Antônio Tarcísio Aragão, em Ipu, município vizinho de onde mora, participou do programa “caça a asteroides” da NASA em junho deste ano e foi nele que fez a grande descoberta.
“É um trabalho bem árduo, uma análise bem complicada. Marquei mais de 10 pontos que acreditava que eram asteroides, mas só um foi às preliminares. Se ele for detectado mais vezes, vou poder dar um nome”, comemorou.
A descoberta do asteroide não foi a única conquista da cearense em 2021. Larissa conquistou uma medalha de prata na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) também usando um notebook emprestado.
Dificuldades no ensino remoto: Larissa usou apenas um celular velho
No momento, os pais de Larissa não têm condições de comprar um notebook para a filha e muito menos um telescópio, aparelhos essenciais para essa área.
O pai, o seu Iranildo, 42 anos, é professor em escola municipal e hoje a mãe, a dona Maria do Socorro, 39 anos, cuida da casa com mais dois filhos pequenos e tenta ajudar na renda como revendedora de cosméticos.
Diante de tantas dificuldades nessa pandemia, Larissa estudou usando apenas um celular bem velhinho, para não perder as aulas.
“Para fazer as atividades na astronomia, usei computadores emprestados. Pra caçar os asteroides também. Mas é realmente muito difícil, fico pensando em quem não tem acesso de jeito nenhum. Essa falta de investimento é um reflexo do Brasil: a ciência está largada às traças”, lamenta.
Para apoiá-la nos estudos e no projeto, a vaquinha é para a compra de um notebook, telescópio e lentes para o aparelho. Clique aqui para contribuir!