Brincadeiras de criança! Foram mais de 10 anos em uma viagem ao redor do mundo e com um propósito para lá de lúdico. A fotógrafa norte-americana Nancy Richards Farese percorreu vários países para captar imagens fofas de crianças brincando das mais variadas formas, mesmo em situações de cortar o coração.
Para Nancy, o que tornou a experiência dela mais incrível e especial foi perceber um traço comum que parece transcender as culturas. “Elas brincam. Apesar do que está acontecendo ao redor delas”, disse a fotógrafa.
“A gente vai lá para fotografar todo esse trauma e as dificuldades, e ainda assim nota que as crianças deslizam por uma colina de lama; elas criam brincadeiras incríveis e elaboradas com tampas de garrafas e sapatos; ou ainda fazem pipas e caminhões a partir de garrafas abandonadas e fitas cassete antigas”, contou.
Como um grande exemplo disso, Nancy destacou imagens que fez no imenso campo de refugiados em Cox’s Bazar, Bangladesh, lar de centenas de milhares de deslocados pela crise do povo rohingya de Mianmar.
No meio das dificuldades, ela documentou crianças soprando cata-ventos e puxando garrafões de água transformados em brinquedos improvisados, com rodas e uma corda velha.
Delicadezas transformadas em livro
Apesar de não ser o primeiro propósito da fotógrafa, após um tempo ela quis compartilhar as imagens com outras pessoas.
Ela relembra o que sentiu ao ver as crianças de Bangladesh e o impacto que isso causou em outros adultos naquele momento.
“Os outros adultos e eu tínhamos uma ideia sobre a seriedade da situação daquele lugar e, no entanto, as crianças faziam algo de forma muito natural para ajudá-las a superar a situação”, explica.
E foi quando Nancy buscou apoio para publicar quase 100 fotografias de brincadeiras de crianças em 14 países.
As personagens das fotos jogam xadrez na Jordânia e “Banco Imobiliário” em Cuba; eles saltam, se viram e correm sem preocupação; batem bola, sobem em paredes e pulam cordas. Bonecas e pipas são recursos recorrentes; os jogos de lançar pedrinhas e argolas são aparentemente globais – embora com nomes e parafernália diferentes.
O livro ainda não está disponível para os brasileiros, mas ficamos na torcida para que a publicação chegue por aqui logo mais.
Por enquanto, conseguimos acesso a algumas imagens da fotógrafa que vão, com certeza, aquecer um pouco o seu coração.
Com informações do Petapixel