O amor de mãe vai muito além do que a gente pode imaginar mesmo! Após descobrir que a filha nasceu com uma síndrome que a impedia de engravidar, a australiana Maree Arnold, de 54 anos, se voluntariou como barriga de aluguel e realizou o sonho da filha, Meagan White, de 28 anos.
O bebê nasceu no último dia 13 e veio ao mundo bem e saudável após um trabalho de parto de apenas duas horas. “Chegamos ao hospital às 7h e às 9h ele nasceu, foi muito rápido e organizado”, disse Maree.
Meagan contou em entrevista que o garoto, batizado de Winston, é bastante tranquilo e dorme muito bem desde que saiu do hospital. “É difícil descrever o que senti quando ele nasceu. Foi sem dúvida o momento que caiu a ficha de que era real”, comentou.
Síndrome de Mayer-Rokitansky-Hauser (SMRKH)
Meagan explicou que não conseguia engravidar por ter uma condição de saúde rara chamada síndrome de Mayer-Rokitansky-Hauser (SMRKH). O problema de saúde leva a mulher à condição de ter a vagina e o útero pouco desenvolvidos, ou sequer existirem.
Apesar de ter nascido sem útero, Meagan tem ovários preservados. Isso quer dizer que ainda poderia ter um filho biológico por meio de barriga de aluguel.
Tentativa frustrada
Antes de recorrer a Maree, Meagan contou que encontrou uma voluntária para ser barriga de aluguel. Apesar de todo o processo de inseminação artificial, o bebê nasceu sem os rins e não conseguiu sobreviver.
Todos ficaram de coração partido e eu senti vontade de desistir. Aí a pandemia começou, as viagens para o exterior foram proibidas e tudo parecia ainda mais impossível”, lembrou a mãe.
Mãe e avó
Meagan e o marido passaram por um acompanhamento psicológico longo e, no ano passado, reiniciaram o processo para encontrar uma nova barriga de aluguel.
Após alguns exames e conversas com médico, surgiu a ideia de Maree ser a voluntária ideal e a futura avó aceitou na hora.
Mesmo já tendo passado pela menopausa, Maree recebeu medicamentos para reverter o processo e preparar o útero para uma gravidez, aos 54 anos.
“Eu sempre achei que já estava muito velha para fazer algo do tipo. Acho que uns 45 anos é o limite, mas, como sou mãe dela, acho que os médicos foram mais flexíveis”, disse Maree. Ainda assim, a transferência de embriões só deu certo na quarta tentativa.
Segundo Meagan, a atitude da mãe foi incomparável. “Não consigo nem colocar em palavras o quanto eu sou grata pelo que ela está fazendo. Não há mais ninguém no mundo com quem eu preferisse passar por essa experiência”, afirmou.
Com informações de Crescer