O renomado chef Viko Tangoda criou no início da pandemia o projeto Mesa Solidária e, até hoje, ele entrega por semana 4 mil marmitas para pessoas em situação de rua de São Paulo (SP).
Com doações e ajuda de voluntários, o projeto já entregou quase 360 mil refeições até agora.
Iniciativa nasceu do incômodo de comida que sobrava no bufê
Viko comanda há anos a cozinha do bufê Viko Gastronomia. Porém, apesar de estar acostumado a trabalhar com pratos requintados, ele sempre se incomodou com a quantidade de comida que acabava sobrando dos eventos.
“A princípio, minha ideia era diminuir o desperdício de alimentos na preparação para eventos. Eu ficava inconformado com isso e já fazia um trabalho com moradores de rua. Aí teve um dia, em maio de 2019, em que eu tinha cerca de 80 quilos de feijão preto congelado. Falei com quatro amigos, juntamos o que tínhamos, transformamos numa sopa e distribuímos na Sé”, lembra ele.
Toda comida é fresca e preparada na cozinha do chef
Foi então que Viko passou a guardar os alimentos que sobravam ou que não ficavam tão bonitos na mesa.
Inicialmente, ele e um grupo de voluntários faziam às sextas-feiras sopa e distribuiam a quem tivesse fome.
Logo no início da pandemia, porém, o cenário mudou radicalmente. Distribuir a sopa ficou mais difícil com a ameaça da covid-19, então Viko e seus voluntários assumiram o compromisso de continuar doando alimentos, mas agora na forma de marmitas.
Marmitas para médicos e profissionais de saúde
Viko conseguiu manter seu bufê operante mesmo com a pandemia, reinventando alguns formatos e entregas e enfrentando muita perda.
Assim, no auge da pandemia, o que eram 100 marmitas viraram 1.000. Além das pessoas em extrema vulnerabilidade social, o grupo encabeçado por Viko também começou a entregar as quentinhas para médicos e profissionais de saúde do Incor, no almoço e no jantar.
“Eles não conseguiam sair sequer para se alimentar, e por muito tempo os ajudamos dessa forma”, diz Viko.
Atualmente, o Mesa Solidária segue atendendo regiões de muita vulnerabilidade na capital paulista, em locais no centro, zona norte e extremo sul da cidade, além da Cracolândia e Paraisópolis.
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Com informações de Virtz