Tipo raro de garça azul é visto pela primeira vez em Belém; que beleza!
Olha como ela é linda! Este tipo de garça azul, raro no Brasil, apareceu pela primeira vez na região do Parque Estadual do Utinga, em Belém, e felizmente foi registrado em foto.
A ave foi encontrada próximo ao espaço de aluguel de bicicletas do Parque e o registro foi feito por Gustavo Melo, vice-presidente do Clube de Observação de Aves do Pará (Coapa).
A garça-da-mata (Agamia agami) é uma das aves mais raras do país. A plumagem é bem vibrante e mistura tons de azul, verde e castanho. Na lista de espécies ameaçadas, essa garça vive em áreas de floresta alagada e rios da Amazônia, o que torna a aparição em Belém ainda mais rara!
Garça-da-mata
A garça-da-mata, ou garça-da-floresta, mede entre 65 e 76 centímetros de comprimento. É a garça brasileira com o maior número de cores e se destaca por uma plumagem espetacular.
O animal costuma viver em bordas de florestas, matas de galerias e matas ciliares na beira de lagoas e rios.
A ave se alimenta basicamente de peixes e os ninhos podem ser encontrados em arbustos e árvores sobre a água.
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Sucesso de preservação
“Nunca houve registro fotográfico da garça-da-mata em Belém ou no Parque Estadual do Utinga. Esse avistamento ressalta a exuberância da biodiversidade local, evidenciando a riqueza de espécies que o parque é capaz de atrair e proteger”, afirmou Gustavo Melo.
Para Ellivelton Carvalho, o avistamento da garça no parque é um marco e confirma o sucesso de preservação do local.
“A presença da garça-da-mata em um ambiente urbano protegido como o Parque Estadual do Utinga é um marco que comprova o sucesso das ações para preservar a biodiversidade. É um sinal de que áreas como essa têm um papel fundamental na proteção de espécies ameaçadas”, disse em entrevista ao O Liberal.
Desafios da conservação
A garça-da-mata é um dos símbolos da Amazônia e pode ser apontada como um dos indicadores dos ecossistemas onde é encontrada.
Todavia, com a degradação de habitats, os pesquisadores travam uma verdadeira batalha para preservar a ave. O grande desafio é equilibrar o urbano e as áreas de proteção.
“Esse avistamento inédito demonstra que o Parque Estadual do Utinga é mais do que um espaço de lazer, é um patrimônio natural que conecta a cidade à sua rica biodiversidade. Ele também reforça a importância de conservarmos esses espaços para promover ciência, turismo sustentável e educação ambiental”, disse o gerente da Região Administrativa de Belém e responsável pelo Parque, Júlio Meyer.
Estimular a conscientização
O registro da ave animou os pesquisadores da região. Para eles, o episódio é um momento para impulsionar a conscientização sobre a importância de se preservar o Parque como um santuário para a biodiversidade.
“O Parque do Utinga é um exemplo vivo de como áreas protegidas podem resguardar espécies únicas, mesmo em um cenário urbano. Avistamentos como esse nos mostram que é possível equilibrar conservação e uso sustentável”, finalizou Júlio.