Foto: www.camucamubenefits.org
Uma fruta está sendo considerada superpotente em vitamina C e ainda ajuda a combater o colesterol e a diabetes.
O Camu-camu tem 3 vezes mais vitamina C que a acerola, 20 vezes mais que a laranja e 30 mais que o limão.
A pequena fruta, nativa da Amazônia, cresce naturalmente em áreas alagadas e na beira de rios e lagos da região.
Jaime Paiva Lopes Aguiar e Francisca das Chagas do Amaral Souza, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), em Manaus, estudam o camu-camu há mais de uma década.
Diabetes e colesterol
Recentemente eles descobriram que, em forma de pó, o produto é eficiente na redução de açúcar e de gordura no sangue em adultos sadios.
Se for adotado o remédio custaria menos que a vitamina C industrializada, nas farmácias.
Pesquisas
Para os testes em humanos, foram criados dois grupos: um recebeu cápsulas de vitamina C e outro, de camu-camu em pó.
Os pesquisadores concluíram que o pó da fruta amazônica contribuiu para a diminuição do colesterol total – e de uma de suas frações, o LDL – e de açúcar no sangue, além de ter tido efeito na redução de peso.
A redução do colesterol total foi, em média, de 33% no grupo que tomou camu-camu, contra 16% no outro.
Ouro do Amazonas
“É o ouro da Amazônia. Costumamos dizer que é brasileiro, mas é o europeu que o conhece. Ela é típica de várzea, e a população daqui não o consome”, resume Aguiar.
A propriedade do camu-camu como fonte de vitamina C é conhecida desde os anos 1960, e a popularidade como alimento funcional cresceu lentamente, até que surgisse a possibilidade de exportação para países como o Japão.
O camucamuzeiro também é encontrado no Peru – que investe na sua comercialização – na Bolívia, na Colômbia, no Equador e na Venezuela.
Nos estudos feitos no Inpa, os trabalhos começaram com a adaptação da planta, um arbusto com cerca de 4m de altura, em terra firme.
A fruta
“Em igapós e florestas alagadas, ela só frutifica uma vez por ano. Fora desse ambiente, em solo seco, com adubação e irrigação uma vez por dia, a planta dá frutos três vezes ao ano”, explica o pesquisador.
A polpa processada, transformada em pó e encapsulada, garante maior validade nas prateleiras.
Com informações do Correio Braziliense