Por Ninna Crot, de férias em Foz do Iguaçu, especial para o SoNotíciaBoa
As Cataratas de Foz do Iguaçu, escolhidas como uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, é composta por 275 quedas d’águas (dois terços delas no território Argentino) é um cenário ecológico natural que inebria seus espectadores diante de uma beleza estonteante.
A reserva natural do Parque Nacional do Iguaçu, além de abrigar as famosas Cataratas, é considerada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco.
Para vivenciar esta beleza, o turista deve vivenciar os dois lados da moeda, ou seja, visitar as Cataratas do lado brasileiro, Parque Nacional do Iguaçu e do lado Argentino, Parque Nacional del Iguazú.
Hospedados no Belmond Hotel das Cataratas, único hotel instalado dentro do parque, o suíço Jean-Daniel Crot, meu marido e eu (Ninna), é claro, iniciamos nosso trajeto pela Trilha das Cataratas, que fica frente ao hotel, o caminho onde os sonhos parecem não ter fim.
São 1.200 metros que nos levam frente à mais impressionante de todas as cataratas, que marca a fronteira entre a Argentina e o Brasil: a “Garganta do Diabo” (em espanhol, Garganta del Diablo), uma queda d’água em forma de U, com 82 metros de altura, 150 metros de largura e 700 metros de comprimento. É a mais gigantesca de todas, que marca a fronteira entre a Argentina e o Brasil.
Nessa trilha encontramos animais das mais diferentes espécies como pássaros, borboletas, cigarras, lagartos e, muitos quatis (com esses é preciso ter atenção; não acariciá-los e nem dar nenhum tipo de alimento, porque podem atacar. São os famosos “bonitinhos mais ordinários”.
A cada passada Crot confirmava mais e mais a vontade que tinha em conhecer o Brasil e suas particularidades.
“Este País é divinamente belo. Para todos os lugares turísticos em que vamos encontramos uma maravilha melhor que outra. Muito lindo, estou encantado”, confessou.
Amizades
Conhecemos um casal québequiano (do Québec), Julie Otis e Richard Villeneuve, super simpáticos, que nos acompanharam em alguns passeios.
Fomos ao Parque das Aves, que está localizado na entrada do Parque Nacional do Iguaçu.
O passeio dura em torno de uma hora e é feito pelo interior de imensos viveiros, compostos de pequenas trilhas pela encantadora selva, onde é possível fotografar e admirar as várias espécies de pássaros, cobras, jacarés, borboletas, entre outros.
Também fizemos a grande aventura no Macuco Safari, que inicia com uma trilha na mata atlântica, em carro aberto e percorre cerca de 2 quilômetros, com guias bilingues que durante o percurso pela mata explicam sobre a fauna e a flora.
No caminho podemos observar orquídeas, palmitos, bromélias, árvores centenárias, além dos animais silvestres, que de vez em quando atravessam a trilha.
Na segunda etapa percorremos um trecho de 600 metros pelas trilhas que conduzem à cachoeira Salto Macuco e chegamos ao ponto onde estão os barcos infláveis, para fazermos o tão desejado passeio de barco, de onde saímos encharcados e felizes.
Há também outros passeios que se pode fazer em Foz do Iguaçu como Passeio Panorâmico, Salto de Paraquedas, Usina Hidrelétrica de Itaipu, entre outros.
Lado Argentino
Para ir até o lado argentino do Parque Nacional do Iguazú, você precisará atravessar a fronteira através da Ponte Internacional Tancredo Neves.
Antes, você deverá trocar alguns pesos em alguma casa de câmbio, porque para comprar o ingresso e consumir algo dentro do parque, são aceitos apenas pagamentos em pesos.
O visitante deve estar munido de documento pessoal (Carteira de Identidade, Carteira de Habilitação ou Passaporte) desde que não seja emitido há mais de dez anos, para não correr o risco de ser barrado, como aconteceu com nossos amigos québequianos Julie Otis e Richard Villeneuve – mas isso não impediu o grande sonho dos dois.
Eles retornaram e, a cerca de cinco quilômetros da aduana encontramos uma agência credenciada em vistos para estrangeiros, onde fizeram a documentação na mesma hora.
O preço? Salgado! US$ 92 por pessoa.
“Ufa é caro”, disse Otis. “Mas isso não vai nos impedir de visitar as Cataratas del Iguazú”.
“As Cataratas, são qualquer coisa de tirar o fôlego, um espetáculo que faz brilhar os olhos de qualquer um”, ressaltou.
Já Villeneuve comparou o valor do visto como se fosse o do ouro, muito alto.
O suíço, Crot não precisou de visto, somente de passaporte, mas os estrangeiros pagam mais caro os ingressos para a entrada, tanto no Parque Nacional do Brasil quanto no da Argentina
Para se movimentar entre as áreas do parque é preciso tomar um trenzinho que leva até a estação Cataratas e pegar um outro que leva à estação Garganta do Diabo.
A partir dai começa mais uma viagem ao mundo encantado das Catarata do Iguazu (Argentina), tudo lindo e novamente na companhia da natureza e de animais nativos.
“Conhecer este lugar é mágico, inimaginável, qualquer coisa de fantástico. Jamais vi algo assim em toda a minha vida. Parece um sonho, aliás o Brasil é lindo, cheio de coisas lindas, cada vez que venho aqui fico verdadeiramente encantado com a beleza que este País tem”, afirma Crot, com aval de Otis e Villeneuve.
Localização
Foz do Iguaçu está situada ao Oeste do Paraná. Faz fronteira com o Paraguai e a Argentina e, segundo o Ministério do Turismo, recebe cerca de 2 milhões de visitantes por ano, além de ser a terceira cidade mais visitada por turistas estrangeiros.
Recentemente Foz do Iguaçu foi escolhida para alocar a Universidade Federal da Integração Latino-Americana, uma instituição de ensino superior preocupada com a criação de um ambiente multicultural e interdisciplinar, capaz de produzir profissionais e pesquisadores voltados para o desenvolvimento econômico, social, cultural e político da região, num espírito de igualdade entre todos os povos e culturas do continente.
Área de preservação
O Parque Nacional de Foz do Iguaçu responde pela preservação de espécies animais que correm risco de extinção, como a onça pintada e o jacaré de papo amarelo.
Ao longo de sua extensão, engloba florestas intocadas e uma das paisagens naturais mais belas do País, como o rio Iguaçu e o Parque Nacional Iguazú, na Argentina.
O parque brasileiro, fica a 25 quilômetros do Centro de Foz do Iguaçu e a 10 quilômetros do aeroporto local, que é menor, mas conta com uma boa infra-estrutura.
Do ponto central de visitantes saem ônibus panorâmicos e climatizados que têm autorização para circularem dentro do parque, parando nos pontos turísticos.