Contato direto com a Natureza! O Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como “Água Mineral”, vai inaugurar uma trilha de 15 quilômetros para ciclistas.
A inauguração será nesta quinta-feira, dia 3 de março, Dia Mundial da Vida Selvagem.
Segundo a analista ambiental e chefe substituta da Unidade de Conservação, Daniela Costa, foi preparado um caminho longo, amplo e sinalizado, que vai agradar aos ciclistas que aguardavam tanto por essa iniciativa.
A trilha terá duchas colocadas ao final do caminho para refrescar quem se aventurar pelo percurso.
Daniela explica que esta é uma expansão da trilha Cristal Água e que as duchas – “Suspiro” – funcionam com o aproveitamento da água da válvula de alívio de pressão que integra a rede hidráulica do parque, não havendo desperdício.
A trilha também é aberta para pedestres, só que, neste caso, com a opção de percorrer também um caminho reduzido, com 6,5 quilômetros.
“Com as novas atrações esperamos não apenas atrair um novo perfil de visitante, mas o pensamento, a postura de quem vem ao parque. Buscamos uma visita voltada à contemplação. Trabalhamos por uma melhoria na gestão. Precisamos de maior participação da sociedade na conservação do parque, pois sozinhos não conseguimos implementar as melhorias necessárias”, afirmou Daniela.
Início
A história da criação do parque tem relação direta com a da construção de Brasília (DF), na década de 1960.
A Unidade de Conservação surgiu da necessidade de se proteger os rios fornecedores de água potável à capital federal e de manter a vegetação em estado natural.
O parque abriga as bacias dos córregos que formam a represa Santa Maria, responsável pelo fornecimento de 25% da água que abastece Brasília.
A represa fica no coração do local, ocupando uma área de 6,1 quilômetros quadrados. “É a água de melhor qualidade do Brasil, pois as nascentes ficam dentro de um parque nacional”, enaltece Daniela.
As piscinas (Areal e Pedreira) se formaram a partir dos poços de água que surgiram às margens do Córrego Acampamento, pela extração de areia feita antes da implantação de Brasília.
Em extinção
O parque é também um local de preservação de animais selvagens próprios do cerrado.
São encontrados na Unidade de Conservação, entre outras espécies, o lobo-guará, a jaguatirica, o tatu-canastra, a anta e o tamanduá-bandeira, ameaçadas de extinção.
Várias outras espécies não ameaçadas compõem a biodiversidade do parque, a exemplo de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes, e de grupos pouco estudados como moluscos, crustáceos, insetos e pequenos organismos.
Nos últimos dias, uma família de onças chamou tanta atenção.
Com uma armadilha fotográfica acoplada a um sensor de movimento, o parque conseguiu registrar a imagem de uma onça parda – também chamada de suçuarana ou puma – que habita o Parque Nacional de Brasília.
As imagens foram captadas a partir de uma das quatro armadilhas fotográficas instaladas no parque, desde agosto de 2015, pela organização não governamental No Extinction (Nex).
O objetivo é mapear quais e quantos são os outros moradores do território e entender como são os hábitos de vida deles na área.
Com informações do PortalBrasil