Dono da Cacau Show mostra como cresce e fatura em plena crise

A crise está aí e reclamar não paga conta. Mas o que fazer para os negócios crescerem? O dono da Cacau Show mostra que é preciso ter atitude, investir e expandir. Enquanto a concorrência reclama, o empresário Alexandre Costa ganha mercado.
Há dois meses, no furacão da crise, a empresa inaugurou uma fábrica de sorvetes, criou um departamento para vender os seus produtos no mercado corporativo e também aumentou o exército de vendedores por catálogo para 10 mil pessoas.
“Não adianta eu ficar criticando o governo, ele vai atrapalhar de qualquer jeito. A situação não está legal, mas não está boa para todo mundo, inclusive para o meu concorrente. Tenho que trabalhar, pois há muito cliente para conquistar”, disse o empresário Alexandre Costa, fundador e dono da marca de chocolate Cacau Show – empresa com 2.014 lojas próprias e franqueadas que movimentou R$ 2,5 bilhões em 2015.
Ele deu uma entrevista à Isto É Dinheiro, que o SóNoticiaBoa resume agora pra você:
Aproveitar para crescer
A crise existe, mas não posso ficar parado. Tenho que acrescentar novos negócios e aumentar a receita. Há dois meses, inauguramos uma fábrica de sorvete (picolés para competir com a Diletto) e já estamos vendendo em mais de 1,1 mil pontos. Até o fim do ano, estaremos em 2 mil pontos, como em lojas e quiosques, e esse negócio representará 5% do nosso faturamento. Nós também criamos um departamento de vendas corporativas, vamos até as empresas e vendemos para os clientes no ambiente de trabalho e, em alguns casos, descontamos em folha de pagamento. Isso vai representar 10% do nosso faturamento até o fim do ano. Fora isso, aumentamos a equipe de vendas diretas para 10 mil pessoas.
Trabalhar
Não adianta eu ficar criticando o governo, ele vai atrapalhar de qualquer jeito. A situação não está legal, mas não está boa para todo mundo, inclusive para o meu concorrente. Tenho que trabalhar, pois há muito cliente para conquistar.
Atitude
Se você percebe que vem um vento forte contra você, você acelera mais. A resposta que damos para isso é atitude de fazer as coisas acontecerem. Contra a crise tem que ter mais trabalho, mais engajamento, mais criatividade e mais liderança.
Investir em plena crise
Existem empresas menores nos procurando, mas agora não temos interesse. Precisamos focar no nosso negócio e continuar fazendo investimentos. Vamos abrir 250 lojas até o fim de 2016 e estamos ampliando a nossa fábrica em São Paulo. Há 7 anos, esta unidade tinha 5 mil metros quadrados, hoje conta com 55 mil metros quadrados e somaremos mais 52 mil metros quadrados até dezembro. Trata-se de um investimento de R$ 100 milhões e vamos concentrar toda a logística aqui.
Expandir para o mercado externo
Ainda há muito por fazer aqui no Brasil, mas estamos de olho. Já estamos estudando o mercado latino-americano. Gostamos muito do México, do Chile, do Peru e da Colômbia. Mas é algo para 2017.
Com informações da Isto É Dinheiro