Ótima notícia para o planeta! A câmara de ozônio, que protege o planeta do aquecimento e dos raios violetas do sol, está se recuperando pela primeira vez 16 anos.
Desde 2000, quando alcançou seu máximo histórico (25 milhões de quilômetros quadrados), o furo sobre o continente austral se reduziu em quatro milhões de quilômetros quadrados, quase meio Brasil.
Cientistas da Universidade de Leeds acreditam que a principal causa da recuperação foi o protocolo de Montreal, ou seja, a proibição dos compostos orgânicos clorados (clorofluorcarbono, CFC) que eram usados na limpeza a seco, na refrigeração e em sprays.
A substituição desses compostos por outros igualmente eficazes, porém inofensivos para a atmosfera, foi de importância capital.
Susan Solomon, geóloga do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês), pioneira nas pesquisas sobre a destruição do ozônio, apresenta os resultados na Science com colegas do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica, de Boulder (Colorado), e da Universidade de Leeds, no Reino Unido.
O trabalho combina observações por balões e satélites com avançados modelos matemáticos.
“Agora podemos acreditar que as coisas que estamos fazendo colocaram o planeta no caminho da cura”, diz.
A perda de ozônio tem efeitos diretos sobre a saúde, porque esse gás é, nas camadas altas da atmosfera, a proteção natural mais importante contra a radiação ultravioleta da luz solar, que causa câncer de pele, catarata e danos ao sistema imunológico.
As Nações Unidas estimam que o protocolo de Montreal evitará dois milhões de casos de câncer de pele desde sua entrada em vigor até 2030.
Com informações do ElPais