Ela já era considerada santa pelo fez para ajudar os pobres. Mas agora foi reconhecida oficialmente como santa pela igreja católica neste domingo, 04, 19 anos após sua morte.
Mais de cem mil fiéis acompanharam a cerimônia de canonização da freira conduzida pelo Papa Francisco diante da basílica de São Pedro.
Francisco conheceu Teresa pessoalmente por ocasião de um sínodo de bispos em 1994 em Roma.
História
Madre Teresa de Calcutá foi vencedora do Prêmio Nobel da Paz e uma das mulheres mais influentes durante os 2 mil anos de história da igreja.
Conhecida em vida como “a santa das sarjetas”, ela foi aclamada por seu trabalho com os mais pobres nas favelas da cidade indiana de Calcutá.
Embora criticada por alguns, Madre Teresa é reverenciada pelos católicos como um modelo de compaixão que levou alívio aos doentes e moribundos, abrindo filiais de suas Missionárias da Caridade (M.C.) em todo o mundo.
Ela morreu em 1997 aos 97 anos e foi beatificada pelo papa João Paulo em 2003. A beatificação, que necessita de um milagre, é o último passo antes da canonização.
Milagre brasileiro
A igreja abriu caminho no ano passado para a canonização de Madre Teresa, após declarar como milagre a recuperação do brasileiro Marcilio Haddad Andrino, que tinha múltiplos pontos de inflamação no cérebro.
Andrino teve os abscessos cerebrais em 2008. Os médicos disseram que ele não iria se recuperar, mas sua família conta que rezou para Madre Teresa.
O brasileiro disse que sofreu para conseguir chegar no altar durante seu casamento, em setembro de 2008, e no início de dezembro foi levado inconsciente para hospital.
Andrino estava com uma cirurgia cerebral marcada, mas quando acordou sem dores de cabeça pouco antes da operação, o médico afirmou que uma intervenção médica não seria mais necessária.
“Consegui passar o Natal com minha família e seis meses depois voltei ao trabalho sem problemas”, disse o brasileiro, acrescentando que depois, ele e a esposa tiveram dois filhos.
Andrino, que tem 43 anos e mora no Rio de Janeiro, disse nesta sexta-feira (2) durante entrevista coletiva no Vaticano, que se sente muito grato, mas que pensa que qualquer pessoa poderia ter sido igualmente beneficiada pela intervenção.
“Se não tivesse acontecido comigo, talvez fosse com outra pessoa amanhã. Ela não diferenciava. Não me sinto especial”, disse Andrino, que participará da cerimônia de domingo com sua esposa, Fernanda.
Com informações do G1