Depois de perder seu filho em uma praia, um pai brasileiro teve a ideia de criar uma pulseira para monitorar crianças de até 5 anos de idade.
“No meio daquela multidão nós acabamos perdendo ele por alguns segundos e foi um desespero. Acabamos encontrando com uma senhora próximo a uma barraca, onde também estavam outras três crianças pequenas, todas perdidas. Aquilo me impressionou muito e decidi pensar em como a tecnologia poderia ajudar e evitar essa sensação de insegurança”, explicou Renato Rodrigues.
Ele e um amigo, também empreendedor, criaram o produto. Os dois são de Juiz de Fora, Minas Gerais.
O dispositivo funciona com as tecnologias de bluetooth e GPS e deve estar disponível no mercado no segundo semestre de 2018.
O equipamento é desenvolvido e testado desde 2016 e, a princípio, deverá ser comercializada por R$ 200.
O alcance da pulseira é de até 70 metros e os pais ou responsáveis podem programar a que distância de afastamento o telefone deverá emitir um sinal sonoro.
Tecnologia e diálogo
A psicóloga, Elizângela Pereira, disse que o diálogo com os filhos deve ser preterido ao uso de tecnologias, mas admitiu os pontos positivos do equipamento, desde que seja estabelecido um limite de idade para usá-lo.
“Para uma criança de cinco anos, de três anos, pensa o alívio que é para esse pai poder ficar mais tranquilo em uma praia, em um parque. Mas a gente sabe que, depois de uma certa idade, essas crianças passam a ter uma resistência, principalmente na adolescência. Elas não querem ser monitoradas”, afirmou.
“Tem gente que vai falar ‘Ah, mas elas não têm que querer, é para proteção’, mas a gente não pode deixar que vire uma neurose, porque faz com que a criança não se sinta capaz de cuidar dela mesma, faz com que ela acredite que os pais não têm confiança”, concluiu a psicóloga.
Com informações do G1