Deu certo o drone desenvolvido pelo Centro Médico da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Ele conseguiu pela primeira vez transportar em 5 minutos e com segurança, um rim para transplante.
A beneficiada foi de uma paciente que aguardava pelo órgão havia 8 anos e fazia hemodiálise enquanto estava na lista de espera.
O SóNotíciaBoa mostrou os testes da nova tecnologia em novembro do ano passado. Agora o sistema se mostrou capaz de contornar complicações de logística do transporte, como o trânsito, para garantir eficiência na entrega e qualidade do órgão.
A mulher que recebeu o rim comemorou a nova tecnologia. “Essa coisa toda é incrível. Anos atrás, isso não era algo em que você pensaria”, disse Trina Glispy, enfermeira de 44 anos, ao The New York Times.
O drone
O drone especial foi desenvolvido por especialistas em medicina, engenharia e aviação. Eles incluíram diversas inovações tecnológicas no drone.
Foram acoplados conjuntos de transmissão para garantir desempenho consistente e confiável.
Diante da possibilidade de falha do componente, o drone tem uma rede wireless para controlar e monitorar o status do aparelho e permitir a comunicação com a equipe.
Ele também tem hélices reserva, baterias duplas e um paraquedas para proteger a carga, em caso de pane completa.
“Instalamos todos esses excessos porque queremos fazer todo o possível para proteger a carga”, disse Anthony Pucciarella, diretor de operações, à CNN.
Testes
Antes da primeira entrega, foram realizados 44 voos-teste,
Foram 700 horas transportando soro fisiológico, tubos de sangue e outros materiais médicos.
Outro teste transportou um rim humano não viável. Segundo a equipe, o voo durou cerca de cinco minutos e ocorreu sem nenhum problema.
Os pesquisadores informaram que além da entrega, o drone também monitorou e manteve os critérios de viabilidade do órgão, como a temperatura do rim.
“Do ponto de vista da engenharia, há um objetivo maior em jogo. Não se trata da tecnologia; trata-se de melhorar a vida humana”, comentou Darryll J. Pines, da Universidade de Maryland, à CNN.
Rapidez
Para os pesquisadores, o sucesso da operação indica que, em breve, o recurso pode se tornar a forma mais rápida, segura e econômica para enfrentar a limitação de tempo do transplante.
A iniciativa ampliaria o acesso ao procedimento, já que muitos órgãos deixam de ser implantados devido a atrasos na entrega.
“É como um Uber para órgãos”, comentou Joseph Scalea, da Universidade de Maryland, ao The New York Times.
Nos Estados Unidos quase 1,5% das remessas não chegam ao destino pretendido e quase 4% têm atraso de duas ou mais horas, segundo a Rede Unida para Compartilhamento de Órgãos (UNOS, na sigla em inglês).
Veja como foi a operação, considerada um sucesso, por toda a equipe:
https://www.youtube.com/watch?v=RNYCCbCpAlM&feature=youtu.be
Com informações da Veja
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