Os médicos que separaram as siamesas Lis e Mel, que nasceram unidas pela cabeça, receberam uma merecida homenagem no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nesta sexta-feira, 14.
Considerado de alta complexidade, o caso envolveu 50 profissionais do Hospital da Criança de Brasília (HCB) durante 10 meses e culminou na cirurgia com duração de 20 horas.
O coordenador da equipe médica, o neurocirurgião Benício Oton de Lima, contou que a cirurgia envolveu todo o HCB e também contou com a ajuda de pessoas de fora do hospital, doando equipamentos médicos “caros” para o procedimento.
“Lis e Mel amoleceram o coração de todos”, disse, ao considerar as meninas responsáveis por promover a união das pessoas.
Solidariedade
“Foi a solidariedade que possibilitou essa cirurgia”, avaliou a presidente do Conselho de Administração do Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada, Ilda Peliz.
Ela destacou o “perfil humanizado” dos médicos.
O mesmo elogio foi feito pela subsecretaria de Saúde do DF, Renata Rainha: “Foi um exemplo de humanização da medicina”.
“Anjos doutores”
A mãe e as crianças, que passaram por cirurgia de separação de crânio no dia 27 de abril, compareceram à homenagem.
As gêmeas siamesas, que nasceram ligadas pelo crânio – caso conhecido como craniópagas – completaram 1 ano neste mês.
A mãe e o pai das gêmeas, Camila Neves e Rodrigo Martins, agradeceram o “acolhimento, amor e suporte” dos profissionais do HCB e do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), onde as meninas nasceram.
“Os meus anjos são os doutores”, disse Camila, ao citar os médicos que cuidaram de suas filhas, as quais, segundo ela, “estão muito bem, graças a Deus”.
O caso “encheu de emoção todo o Distrito Federal”, disse o autor da homenagem, deputado Claudio Abrantes (PDT).
Ele lembrou que essa foi a primeira cirurgia do tipo realizada no DF, fruto de “dedicação e esforço” dos profissionais do HCB, cujo “comprometimento e capacidade” propiciou o sucesso do procedimento.
Durante o evento, o deputado Claudio Abrantes entregou moções de louvor aos profissionais que atuaram na cirurgia, registrada no documentário Vidas Ligadas, Desafio para a Ciência.
A solenidade contou ainda com a participação da banda sinfônica do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).
Com informações do Metrópoles e CLDF
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