Um enfermeiro que estava de folga e não no clube havia um ano, salvou uma menina de 12 anos que se afogava na piscina.
O caso aconteceu no último fim de semana um clube de Ecoporanga, no Noroeste do Espírito Santo.
A pré-adolescente Graziela Vitória Santos e Silva desceu no tobogã e não conseguiu chegar até a borda da piscina.
Como o brinquedo fica na parte mais funda, onde não dava pé, ela começou a se afogar e teria ficado mais de quatro minutos debaixo da água, antes de ser salva, já desacordada, pelo enfermeiro, Ulysses Maria Pereira da Silva.
“Eu estava com o meu filho, a caminho do tobogã, quando uma criança de uns seis anos de idade disse que uma menina estava se afogando. Nessa hora, eu fui para a água e junto com outras crianças tirei ela de lá. Ela já estava inconsciente, com a aparência roxeada. O coração dela não estava batendo”, relembrou o enfermeiro.
Como
Também professor da disciplina de emergência em uma escola técnica de Nova Venécia, outra cidade do Noroeste do Estado, Ulysses realizou os procedimentos de primeiros socorros na Graziela, ainda na beira da piscina.
“Fiz massagem cardiopulmonar e respiração boca a boca. Cerca de três minutos depois, ela reagiu”, contou ele.
Com ela retomando a consciência, o Ulysses e alguns parentes da Graziela foram de carro em direção à Fundação Médico Assistencial do Trabalhador Rural de Ecoporanga (Fumatre), enquanto a ambulância que tinha sido acionada ia para a Associação Atlética Bando do Brasil (AABB).
No meio do caminho, os dois veículos se encontraram e a menina foi transferida para a ambulância e seguiu para o hospital.
Dia de folga
De folga no domingo, Ulysses queria descansar em casa, mas a esposa dele, Gabriela Marjoly Machado, insistiu para que fossem aproveitar o dia no clube com o filhinho, por causa do calor que fazia em Ecoporanga.
“Fazia quase um ano que não íamos, porque estávamos morando em Nova Venécia”, contou a dona de casa.
O enfermeiro acredita que o episódio tenha sido uma ação divina.
“Acho que foi Deus que usou ela para tocar no meu coração e acontecer o que aconteceu. Ele me colocou lá no momento certo. Se eu não estivesse ali, pode ser que o pior tivesse acontecido”, avaliou.
Gratidão
Na manhã desta segunda-feira (23), Graziela teve alta do hospital.
“Ela está perfeita, sem nenhuma sequela. Já está brincando, pulando e falando muito, como sempre”, contou feliz a mãe da pré-adolescente.
“Não tenho o que falar para ele (Ulysses). Só Deus para recompensá-lo. Não o conhecia e agora ele é um anjo na minha vida”, continuou Ilma.
Ulysses também comemorou.
“É inexplicável o que senti quando fiz os procedimentos e ela voltou a respirar. Não tem valor que pague. A gente, como profissional da saúde, fica emocionado. É uma felicidade insana, espetacular. Um sentimento de agonia e tristeza, que se transformou em alegria”, concluiu entre sorrisos.
Considerado um herói, Ulysses recebeu homenagens pelas redes sociais oficiais do prefeito da cidade, do Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) e do Centro Universitário do Espírito Santo (Unesc) de Colatina, onde se formou como enfermeiro.
Com informações do GazetaOnLine
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