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População de baleia jubarte sobe de 450 para 25 mil
25 de novembro de 2019
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Baleia jubarte - Foto: Christopher Michel
Baleia jubarte - Foto: Christopher Michel

A proibição da caça a baleia em várias partes do mundo deu certo. Uma nova pesquisa mostra que a população de baleias jubarte – que estavam em extinção – saltou de 450 para 25 mil no Atlântico Sul nas últimas décadas.

O levantamento internacional foi feito em co-autoria por Grant Adams, John Best e André Punt, da Escola de Ciências Aquáticas e da Pesca da Universidade de Washington, nos EUA.

No litoral do Brasil, mais precisamente, elas saltaram de 400 para 17 mil em 60 anos, de acordo com o Senso 2019 do Projeto Baleia Jubarte, uma ONG que existe desde 1988 e sobrevoa o Oceano Atlântico para fazer a contagem dos mamíferos.

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Motivo

A quantidade dessas baleias – chamadas cientificamente de Megaptera novaeangliae – aumentou graças a medidas de proteção implementadas na década de 1960, quando os cientistas perceberam que as populações estavam em declínio.

Anos depois, na década de 1980, a Comissão Internacional da Baleia emitiu uma alerta de repressão a caça, oferecendo mais salvaguardas a elas.

O resultado é que essa nova estimativa de 25 mil animais está próxima dos números que existiam antes da época em que era permitido caçar baleias no Atlântico.

“Fomos agradavelmente surpreendidos pelo retorno. Estudos anteriores não sugeriram que as baleias jubarte nessa região estavam indo bem ”, disse John Best ao portal Good News Network.

O estudo

O estudo, publicado no mês passado na revista Royal Society Open Science , rejeita avaliação anterior realizada pela Comissão Internacional da Baleia, entre 2006 e 2015, que indicava que a população havia recuperado apenas cerca de 30% de seus números anteriores à exploração.

Desde que a avaliação foi concluída, novos dados vieram à tona, fornecendo informações mais precisas sobre capturas, genética e histórico de vida.

O estudo incorporou registros detalhados da indústria baleeira no início da exploração comercial, enquanto as estimativas atuais da população são feitas a partir de uma combinação de pesquisas aéreas e navais, juntamente com técnicas avançadas de modelagem.

Os autores preveem que o modelo construído para este estudo possa ser usado para determinar a recuperação da população em outras espécies em mais detalhes também.

A recuperação

O autor principal Alex Zerbini, do Instituto Conjunto para o Estudo da Atmosfera e do Oceano da Universidade de Washington, diz que essas descobertas são uma notícia boa, um exemplo de como uma espécie em extinção pode voltar da quase extinção.

“As populações de animais selvagens podem se recuperar da exploração se o manejo adequado for aplicado”, disse Zerbini , que concluiu o trabalho no laboratório de mamíferos marinhos do NOAA Alaska Fisheries Science Center.

O estudo também analisa como o renascimento das jubarte do Atlântico Sul pode ter impactos no ecossistema.

As baleias competem com outros predadores, como pinguins e focas, pelo krill – uma espécie de camarão – sua principal fonte de alimento.

Com informações do GNN e Royal Society Open Science e Fantástico

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