Um fisioterapeuta de Cruzeiro do Sul, no Acre, emocionou nas redes sociais ao compartilhar um vídeo cantando o tema do filme Dumbo para uma paciente de 6 anos. Letícia Lima que tem AME – Atrofia Muscular Espinhal, em estágio grave.
No vídeo compartilhado pelo instagram, Cândido Neto segura a mão paciente na cama e canta as primeiras estrofes da canção”Baby Mine”:
“Meu amor, não chore….enxugue seus olhos. Descanse sua cabeça perto do meu coração…”
Carinho
Letícia vive acamada, tem traqueostomia e respira com ajuda de um aparelho.
A ideia de cantar a música, segundo ele, é uma forma de acalmar a pequena paciente, que ele acompanha há cerca de um ano e meio.
As pessoas que têm a AME vão perdendo o controle e força musculares, ficando incapacitados de se mover, engolir ou mesmo respirar.
“A atrofia dela é a mais grave, tipo 1. É uma paciente traqueostomizada e que não consegue respirar sozinha, ela respira com a ajuda de aparelhos. É uma doença neurodegenerativa que não tem cura. É um quadro crônico, degenerativo, sem muita positividade no quesito evolução, então, opto por trabalhar diversas interações com ela”, conta.
A reação
Sempre que chega na casa de Letícia, o fisioterapeuta percebe que está tocando alguma música.
Na última terça-feira, 10, ele resolveu cantar ao vivo e a paciente interagiu.
Como ela não fala, nas imagens é possível ouvir os sons que ela consegue fazer ao ouvir Neto cantando.
“Às vezes vou caracterizado, uso nariz de palhaço e até danço. Ela sempre ouve música porque acalma, então, nesse dia eu baixei o som e cantei e você vê que ela interage… faz barulhos com a garganta”, conta.
O trabalho
Neto trabalha no programa da prefeitura de Cruzeiro do Sul, o Melhor em Casa, que disponibiliza uma equipe com diversos profissionais que atendem pacientes em domicílio.
Sempre que pode, o fisioterapeuta partilha esse trabalho em seu perfil no Instagram.
Aurieta do Vale, de 39 anos, que é mãe da Letícia, conta que adora a forma como o fisioterapeuta trata a menina.
Segundo ela, a menina sempre tentar interagir e fica calma com a chegada dele.
“Gosto muito do atendimento dele. Ela interage porque entende tudo, ela só não se movimenta e não fala, não sai a voz, mas a gente consegue ouvir o sonzinho que ela faz”, conta.
O remédio
A mãe conta ainda que tenta ajuda para conseguir acesso a um medicamento que ajudar na condição da filha.
Sem especialistas na região e sem muitos recursos, ela diz que o SUS oferece o medicamento, mas que não consegue adquirir por falta de uma receita da especialista.
“Em Cruzeiro do Sul, não temos neuropediatras, então a gente precisa dessa receita para poder correr atrás desse medicamento que está disponível no SUS”, diz.
Assista:
Com informações do G1
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