Depois dos EUA, a Alemanha e o Reino Unido anunciaram que começaram os testes em seres humanos com duas vacinas diferentes contra a covid-19.
A Universidade de Oxford começou os testes nesta quinta, 23, para avaliar a segurança e a eficácia da vacina.
1.112 voluntários vão participar do experimento, sendo que 551 receberão uma dose da potencial vacina contra a Covid-19, e a outra metade uma vacina padrão.
Dez voluntários vão receber duas doses da substância experimental, a cada quatro semanas.
O tratamento de Oxford é baseado em um adenovírus modificado que afeta os chimpanzés.
A equipe, liderada pela pesquisadora Sarah Gilbert, explica que a vacina pode “gerar uma forte resposta imune com uma dose única e não é um vírus replicante”, ou seja “não pode causar infecção contínua no indivíduo vacinado”.
Por isso ela se torna “mais segura para crianças, idosos” e pessoas com doenças crônicas, como diabetes.
Eficácia
A equipe da pesquisadora Sarah Gilbert aposta em 80% de sucesso deste tratamento. Se der certo, a previsão é de produzir um milhão de doses e disponibilizá-las até setembro, quando começa o outono no Hemisfério Norte.
Já o diretor de saúde do Reino Unido, Chris Whitty, acredita que a probabilidade de obter uma vacina ou tratamento eficaz “este ano é muito baixa”.
Alemanha
Na Alemanha, autoridades federais aprovaram na última quarta, 22, testes clínicos em humanos pelo laboratório alemão BioNTech, sediado em Mainz.
O trabalho será feito em colaboração com a gigante americana Pfizer.
O presidente da BioNTech, Ugur Sahin, garantiu que os testes devem começar “no final de abril”.
De acordo com Instituto Paul Ehrlich (IPE), esses ensaios são “um estágio importante” para que a vacina esteja “disponível o mais rápido possível”.
Os testes serão feitos com 200 voluntários saudáveis, entre 18 e 55 anos de idade.
A segunda fase terá voluntários com perfil de risco, informou o IPE.
A intenção é “determinar a tolerância geral da vacina testada e sua capacidade de fornecer uma resposta imune contra o patógeno”, um vírus do tipo RNA, que tem a particularidade de sofrer mutações.
Os primeiros resultados devem sair “no final de junho, ou no início de julho”, disse o presidente da BioNTech.
Hoje, sete vacinas no mundo estão na fase de testes clínicos em seres humanos, informou a London School of Hygiene and Tropical Medicine.
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