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Pacientes de covid tratados com plasma têm dobro de chances de sobreviver
29 de maio de 2020
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Paciente em tratamento com plasma Bloodworks Northwest em Seattle EUA Foto: Daily Mail
Paciente em tratamento com plasma Bloodworks Northwest em Seattle EUA Foto: Daily Mail

Pacientes com coronavírus tratados com plasma de pessoas que se recuperaram da infecção têm quase duas vezes mais chances de sobreviver, do que aqueles que não receberam o tratamento experimental, revela estudo norte-americano.

A pesquisa foi publicada na British Medical Journal e a equipe comparou 39 pacientes com coronavírus, que receberam transfusões de plasma, com 156 pacientes que não receberam.  

Os pesquisadores do Hospital Mount Sinai, em Nova York descobriram que os pacientes que receberam plasma precisaram de menos suporte de oxigênio, eram menos propensos a morrer e mais propensos a receber alta do hospital.

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Resultados animadores

Todos os pacientes graves foram hospitalizados entre 24 de março e 8 de abril deste ano.

Os resultados mostraram que as condições pioraram entre 18% dos pacientes com plasma, em comparação com 24% daqueles que não receberam. 

Após 16 dias, apenas 13% dos pacientes com plasma morreram em comparação com 24% do grupo controle.

Além disso, cerca de 72% dos receptores de plasma receberam alta hospitalar em comparação com 67% dos pacientes controle.

De acordo com o estudo, a doença piorou em menos de um quinto das pessoas que receberam plasma sanguíneo de um paciente com coronavírus recuperado. E quase um quarto dos pacientes que não receberam plasma viram sua saúde diminuir rapidamente.

Especialistas em saúde dizem que o plasma é um tratamento potencialmente revolucionário, mas, com poucas doações, os médicos precisam decidir quais pacientes recebem ou não.

Terapia

A terapia com plasma convalescente é um tratamento experimental em que o plasma de um paciente com coronavírus recuperado é usado em um paciente infectado em estado crítico.

A esperança é que os anticorpos e imunidade no sangue de uma pessoa saudável sejam transferidos para uma pessoa doente.

A partir disso, a pessoa infectada desenvolverá os anticorpos necessários para combater o coronavírus.

O tratamento foi usado pela primeira vez durante a pandemia de gripe espanhola de 1918, uma situação não muito distante da pandemia de coronavírus.

Aprovado

A Food and Drug Administration, FDA, dos EUA, aprovou o uso de plasma convalescente para tratamento no mês passado.

“Experiências anteriores com vírus respiratórios e dados limitados que emergiram da China sugerem que o plasma convalescente tem o potencial de diminuir a gravidade, ou diminuir a duração da doença causada pelo COVID-19”, disse a agência em comunicado em 16 de abril.

No entanto, o FDA acrescentou que deve ser administrado caso a caso e os pacientes que o recebem devem estar passando por condições como insuficiência respiratória ou falência de múltipla dos órgãos. 

As pessoas podem doar plasma mais de uma vez, mas precisam esperar várias semanas após a doação.    

Com informações do Daily Mail

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