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Droga contra câncer é testada em pacientes com covid: 80% melhoraram
8 de junho de 2020
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Covid-19 - Foto: Daniel Roberts / Pixabay
Covid-19 - Foto: Daniel Roberts / Pixabay

Pesquisadores norte-americanos estão testando uma droga usada contra o câncer que se mostrou benéfica para 80% dos pacientes com covid-19 que estavam em um pequeno grupo hospitalizado que participou do estudo.

O remédio se chama acalabrutinibe e age como bloqueador da proteína tirosina quinase de Bruton (BTK) no tratamento de vários tipos de câncer no sangue.

A descoberta foi publicada no Science Immunology na última sexta-feira (5) por pesquisadores do Centro de Pesquisa do Câncer do Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos.

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80% melhoraram

Dos 19 pacientes diagnosticados com Covid-19 testados – todos com baixos níveis de oxigênio no sangue e evidências de inflamação no organismo – 80 por cento apresentaram melhora.

Dos 11 pacientes com quadros moderados da Covid-19 que receberam o remédio, oito (75%) voltaram a respirar sozinhos e receberam alta após menos de uma semana de tratamento.

Já dentre os oito com quadros mais graves que também receberam o remédIo, quatro (50%) conseguiram sair dos ventiladores, dois (25%) receberam alta hospitalar e dois (25%) acabaram morrendo.

Como

A BTK tem um papel importante no sistema imunológico. Ela influencia na produção de proteínas chamadas citocinas, que atuam como mensageiras químicas e ajudam a estimular e direcionar a resposta imune do corpo.

Em alguns pacientes com a Covid-19, uma grande quantidade de citocinas é liberada no corpo de uma só vez, fazendo com que o sistema imunológico tenha uma reação exagerada e prejudique o organismo ao invés de ajudá-lo.

Os pesquisadores testaram a eficácia da droga inibidora da BTK para tentar reduzir essa resposta imune hiperativa.

Mais testes

Os especialistas ressaltam que, embora os inibidores da BTK sejam aprovados para tratar certos tipos de câncer, eles não são aprovados para combater o novo coronavírus.

Os cientistas querem agora estimular novas pesquisas com a droga.

Com informações da ScienceImmunolgy e Galileu

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