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Butantan vai testar e produzir vacina contra covid
11 de junho de 2020
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Instituto Butantan/SP - Foto: arianepergon / Pixabay
Instituto Butantan/SP - Foto: arianepergon / Pixabay

O Brasil vai testar mais uma vacina, além do imunizante de Oxford. Agora será uma vacina da China que entra na terceira fase de testes e se tudo der certo, ela poderá ser produzida aqui no país, pelo Instituto Butantan e disponibilizada para os brasileiros.

O anúncio foi feito nesta quinta, 11 pelo governador de São Paulo João Dória.

“O Instituto Butantã fechou acordo de tecnologia com a gigante farmacêutica Sinovac Biotec para a produção da vacina contra o coronavírus… Os estudos indicam que ela estará disponível no primeiro semestre de 2021, ou seja, até junho do próximo ano. E com essa vacina nós poderemos imunizar milhões de brasileiros”, afirmou o governador.

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Ele disse que 9 mil voluntários brasileiros vão testar a vacina chinesa a partir do mês que vem, após autorização da Anvisa e dos comitês de ética em pesquisas.

“O acordo prevê a participação de São Paulo na realização de testes clínicos dessa vacina, com o acompanhamento de 9 mil voluntários brasileiros a partir do próximo mês de julho, dentro, portanto, de 3 semanas 9 mil voluntários já estarão sendo testados aqui no Brasil”, afirmou o governador.

Promissora

A vacina está na fase 3 de testes e é promissora, de acordo com Dimas Tadeu Covas, presidente do Instituto e membro do comitê de contingência para Coronavírus do governo de São Paulo.

“Ela realmente protegeu em todas essas fases contra a infecção, então ela chega numa fase agora que é um desafio de campo, vamos dizer assim, agora é pra valer, quer dizer, 9 mil voluntários vamos ver se protege, qual que é o grau de proteção, se ela é efetiva e se isso acontece nós vamos estar com a vacina na mão. Então, é uma grande evolução. Quando as vacinas chegam nessa fase, isso significa que já foi feito um grande investimento nas fases anteriores. Então ela é promissora, sem dúvida nenhuma e é por isso que nós estamos realizando esse grande estudo”, afirmou.

Para a parceria, o governo investiu R$ 85 milhões e de acordo com Dimas Tadeu Covas, a atual fase em que o estudo se encontra sinaliza a eficácia da vacina.

“Obviamente uma fase de estudo 3, ela não é certeza de que a vacina vai funcionar, mas você não entra numa fase 3 se você não tem as evidências de que ela funciona.”

E justificaria o aporte de dinheiro por parte do governo estadual.

A vacina

A vacina da Sinovac Biotech já foi aprovada para testes clínicos na China.

Ela usa uma versão do vírus inativado. Isso quer dizer que não há a presença do coronavírus Sars-Cov-2 vivo na solução, o que reduz os riscos deste tipo de imunização.

Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele.

Isso garante que ele não consiga se duplicar no sistema. É o mesmo princípio das vacinas contra a hepatite e a influenza (gripe).

Ela implanta uma espécie de memória celular responsável por ativar a imunidade de quem é vacinado. Quando entra em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para induzir uma resposta imune.

A Sinovach Biotech é uma afiliada do estatal Grupo Farmacêutico Nacional da China, sediada em Pequim.

O laboratório obteve autorização para começar testes em humanos em abril.

Os especialistas acreditam que a vacina estará disponível em 2021.

Oxford

Outra vacina também será testada no Brasil, a desenvolvida por pesquisadores de Oxford. A ChAdOx1, está na terceira e última fase dos ensaios clínicos e 2 mil brasileiros serão voluntários neste estudo, dividido entre São Paulo e Rio de Janeiro.

A estratégia faz parte de um plano de desenvolvimento global, e o Brasil será o primeiro país fora do Reino Unido a começar a testar a eficácia da imunização contra o Sars-CoV-2 justamente porque o Brasil é considerado o epicentro da pandemia.

O têm contato frequente que os voluntários têm com o vírus é importante para garantir a eficácia dos estudos.

Com informações do GovernodeSP e G1

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