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Brasil vai testar vacinas de RNA da Pfizer contra Covid, aprova Anvisa
23 de julho de 2020
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Foto: Getty Images
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Depois das vacinas de Oxford e da China contra a Covid-19, que já estão em testes no Brasil, a Anvisa aprovou esta semana pedido para testar os imunizantes desenvolvidos pela farmacêutica norte-americana Pfizer e pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech.

As vacinas BNT162b1 e BNT162b2 já estão em testes na Alemanha. Elas são diferentes das outras porque são baseadas em ácido ribonucleico (RNA), que codifica um antígeno específico do vírus. Em outras palavras, essa tecnologia faz as células do próprio corpo produzirem proteínas para se defender da doença.

“Se uma vacina de RNA der certo, for segura e aprovada, vai representar um avanço na ciência de produção de vacinas bastante grande. Vai permitir utilizar essa tecnologia para outras doenças também”, disse a infectologista Cristiana Toscano, integrante do grupo de trabalho de vacinas para covid-19 da OMS, Organização Mundial da Saúde.

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“A companhia está em contato com os governos de todo o mundo, incluindo o Brasil, para disponibilizar sua futura vacina à população”, disse a Pfizer em comunicado.

O governo brasileiro acredita em um acordo de cooperação para adquirir a vacina.

“Vamos observar a possibilidade de entrar em algum tipo de acordo de cooperação para comprar” , disse esta semana o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello.

Resultados promissores

Resultados dos estudos divulgados esta semana mostraram resultados de imunização promissores contra a Covid-19, de acordo com as farmacêuticas.

As vacinas da Pfizer e BoiNTech serão testadas em 29 mil voluntários, sendo mil deles no Brasil, distribuídos nos estados de São Paulo e Bahia.

Em São Paulo, o ensaio será realizado pelo Centro Paulista de Investigação Clínica (CPIC) e na Bahia pela Instituição Obras Sociais Irmã Dulce.

A farmacêutica aguarda apenas a aprovação do protocolo da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (Conep), ligada ao Ministério da Saúde.

A diretora médica da Pfizer no Brasil, Márjori Dulcine, disse que os estudos clínicos devem começar no início de agosto no Brasil e na Argentina. Na Alemanha e nos Estados Unidos já estão ocorrendo os estudos fase 1 e 2 das vacinas.

Ela afirmou que a farmacêutica está preparando fábricas para começar a produção ainda este ano, a risco porque se forem aprovadas já haverá estoque para imunizar a população.

A meta é fabricar 100 milhões de doses até o final de 2020 e outras 1,2 bilhão em 2021.

Estados Unidos

O governo dos EUA aposta tanto nesses imunizantes que já comprou todo o primeiro lote, 100 milhões de doses da vacina por US$ 1,95 bilhão –  mais de R$ 10 bilhões.

E pode ampliar a compra para 500 milhões de unidades, caso a vacina seja oficialmente aprovada.

Com informações da Reuters, Valor, O Globo e Terra

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