Menino de 3 salva irmão com doença rara ao doar medula; para sempre juntos!

Esse menino, de apenas 3 anos, se tornou um verdadeiro herói ao doar a própria medula e salvar a vida do irmão mais velho, que convive com uma doença rara.
Davi é pequeno, mas teve atitude de gigante para salvar João Henrique, de 8 anos. Moradores de Igrejinha, no Rio Grande do Sul, a família passou por um momento delicado, quando o mais velho recebeu o diagnóstico de anemia Fanconi, em fevereiro de 2024.
A esperança contra a doença veio com a descoberta que Davi poderia ser o doador. Sem hesitar, a família embarcou para Curitiba, onde o transplante foi realizado com sucesso em setembro de 2024. Agora, João está em recuperação e não poderia ser mais grato ao irmão!
Doador compatível
Em dezembro de 2023, João Henrique apresentou sintomas preocupantes. As plaquetas estavam baixas e, ao investigar mais profundamente, o diagnóstico de anemia Fanconi foi confirmado.
A doença é grave e pode causar falência da medula óssea, malformações e até mesmo um risco aumentado de tumores.
Mas o gigante Davi, irmão de João, era um doador 100% compatível e o transplante reacendeu as esperanças da família.
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Transplante salvador
Apesar dos riscos elevados do procedimento, o transplante foi realizado no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, centro especializado na doença.
A medula pegou e, junto do irmão, João celebrou muito o momento.
Com uma plaquinha escrito “Minha medula pegou!”, o menino exibia um largo sorriso.
Para a mãe, Ana Paula, o momento é de alívio depois de tanta insegurança.
“Não foi fácil. Agora ele está bem, está em casa”, disse em entrevista ao G1.
O futuro
Agora, o garoto vai seguir em recuperação. João vai retornar o calendário vacinal, além de passar por acompanhamento médico regular.
Sua imunidade vai precisar ser reconstruída, uma vez que o transplante faz com que o organismo “recomece do zero” na produção de anticorpos.
Segundo a hematologista Laura Garcia de Borba, o quadro é positivo e o futuro promissor.
“O João vem muito bem. Não é uma criança que já chegou pra gente com baixa estatura, problemas de desenvolvimento, problemas intelectuais. Ele é uma criança que não tem nenhuma outra operação, exceto a falência medular, que a priori foi resolvida com o transplante. Então, eu acredito que ele evolua muito”, finalizou.
