A FioCruz preparou 20 dicas importantes e funcionais para você festejar este Natal com segurança, em tempos de pandemia. A cartilha traz orientações e recomendações simples para passar o Natal em casa sem expor sua família, nem os convidados, ao possível contágio da Covid-19.
A recomendação geral é ficar em casa e celebrar a data apenas com as pessoas que moram juntas. Caso haja espaço, é permitido receber algum amigo ou parente, mas é preciso manter um mínimo de dois metros de distância entre os convidados e que a pequena reunião seja realizada em um ambiente aberto, bem ventilado, sem ar condicionado.
É importante restringir o número de pessoas, manter o distanciamento, evitar abraços e apertos de mão e usar máscara quando não estiver comendo ou bebendo.
“O ideal é manter o mínimo de pessoas possível no ambiente. Não extrapolar 6 a 10 pessoas […] Temos observado uma recidiva [retorno da atividade de uma doença]. Não é porque alguém já teve a doença que não tem que tomar os cuidados necessários. Precisa continuar usando máscara”, disse o coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Marcelo Otsuka, em entrevista à CNN.
O que fazer
- limitar o número de convidados ao tamanho do espaço, que deve ser aberto e ventilado
- manter a distância mínima de 2 metros entre os convidados
- usar máscara sempre que não estiver comendo ou bebendo
- ter um saco para guardar a máscara na hora de comer ou beber
- ter uma máscara extra para o caso de necessidade de troca
- evitar apertos de mão ou abraços
- disponibilizar álcool em gel nos ambientes
- higienizar as mãos com frequência
- não ligar o ar condicionado
- não se sentar lado a lado com todos reunidos na hora da ceia
- não compartilhar talheres e copos
- no banheiro, disponibilizar toalhas de papel em vez das de pano
- usar lixeiras com pedal para evitar tocar na tampa
- evitar deixar a música alta, para que as pessoas não precisem gritar para se comunicar (o que provoca um lançamento maior de partículas virais no ambiente)
A ceia
(a recomendação geral é que cada pessoa leve a própria comida e bebida)
- • lavar as mãos e usar máscara durante todo o preparo da refeição
- • limitar o número de pessoas no local do preparo
- • oferecer bebidas em embalagens individuais (ex: latas)
- • oferecer temperos e molhos em embalagens individuais (ex: sachês)
- • evitar compartilhar utensílios para servir alimentos e bebidas
- • se tiverem que ser servidos, uma única pessoa deve fazê-lo, sempre lavando as mãos antes de servir e usando máscara
- • não se aglomerar no momento de se servir ou ser servido
Outros cuidados
O vice-diretor do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Christovam Barcellos, disse à CNN que as pessoas devem se servir de forma escalonada, uma após a outra.
E que é preciso ter um cuidado especial com idosos e outros indivíduos considerados vulneráveis, mas lembra que há muitas pessoas que sequer sabem que estão nesse grupo, como aquelas que têm hipertensão ou doença respiratória, mas ainda não receberam um diagnóstico médico.
“Se tiver que ver as pessoas mais vulneráveis, que seja de longe, com máscara, sem beijar, sem abraçar, porque elas provavelmente nunca tiveram contato com o vírus”, já que tecnicamente ficaram isoladas esse tempo todo, disse Barcellos.
As crianças
E como agir com as crianças?
É preciso explicar que elas não vão poder abraçar as outras pessoas, uma tarefa um pouco complicada para pais e responsáveis, mas nada que uma boa distração não resolva.
“Existem formas de entretenimento que permitem a distração. A criança pode interagir à distância. Se ela for incentivada, vai ficar no cantinho dela”, explicou ele.
Quem deve evitar a reunião de Natal
- quem faz parte ou mora com alguém que faz parte do grupo de risco, como portadores de doenças crônicas (ex: diabetes, hipertensão, asma, câncer, etc.)
• pessoas com mais de 60 anos
• fumantes
• gestantes e mulheres em resguardo
• crianças com menos de 5 anos
• quem está com sintomas de Covid-19 ou testou positivo para a doença
• os que estão no isolamento de 14 dias desde que apresentaram os primeiros sintomas de Covid-19 (mesmo sem ter feito teste)
• pessoas que estão esperando o resultado de um teste para detectar a doença
• quem manteve contato com alguém que teve o novo coronavírus nos últimos 14 dias
Momento crítico
O Coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Marcelo Otsuka, lembra que este é um momento crítico. Os casos estão aumentando nesta segunda onda e a lotação dos hospitais também.
“Temos que tomar muito cuidado. Muitas pessoas podem ter a infecção e não ter absolutamente nenhum sintoma. Elas podem estar transmitindo a doença e nem saber. E isso é um risco para as outras pessoas”, alertou.
Com informações da CNN