O coração artifical produzido pela empresa francesa Carmat ganhou a certificação – CE – da União Europeia e será comercializado.
O dispositivo artificial será usado para transplante de pacientes com insuficiência cardíaca irreversível, em fase terminal.
A empresa planeja aumentar a produção para permitir o lançamento do dispositivo no segundo trimestre de 2021.
Invenção
O coração artificial veio da combinação da experiência do cirurgião cardíaco Alain Carpentier, que foi pioneiro no reparo da válvula mitral e inventou as válvulas cardíacas Carpentier-Edwards, e a tecnologia da empresa aeroespacial Matra Défense – Grupo Airbus.
A Carmat conseguiu a certificação após 10 anos do desenvolvimento do dispositivo cardíaco, informou o CEO da empresa, Stephane Piat.
“É um recorde, dada a complexidade de um dispositivo deste tipo. Agora temos que trabalhar com médicos e centros de saúde para oferecer nossa terapia e temos que encontrar pacientes. A fase de produção será delicada”, afirmou.
Como funciona
O sistema eletro-hidráulico da Carmat imita a ação do coração humano e restaura a circulação sanguínea normal por todo o corpo.
O sistema inclui um componente implantável em forma de coração humano.
O coração bioprotético, como é chamado, inclui quatro válvulas biológicas que mantêm o sangue pulsando através da unidade, duas cavidades ventriculares separadas por uma membrana, uma unidade de bomba de motor, componentes eletrônicos e sensores integrados, que permitem que a unidade responda às necessidades fisiológicas do paciente.
Uma cavidade ventricular contém sangue e a outra contém fluido de acionamento. Uma bolsa externa também contém líquido de acionamento.
O sistema eletro-hidráulico da Carmat imita a ação do coração humano para manter a circulação sanguínea pelo corpo. Veja:
Com informações da BioWorld