Todo mundo tem aquele professor que marcou sua vida. E o mais incrível é que, não importa quanto tempo passe, o carinho nunca diminui.
E foi o que aconteceu com o Flávio Borsetti, de 41 anos. Ele hoje é médico intensivista no Hospital Carlos Fernando Malzoni, em Matão, São Paulo.
Integrante da linha de frente para a Covid-19, Flávio foi surpreendido com uma paciente que já conhecia muito bem. Elza Bussola Ribeiro, a ‘tia Elzinha’, que foi professora do médico na pré-escola, há 35 anos.
Flávio assumiu o compromisso cheio de dedicação e amor de cuidar da ex-professora, que permaneceu 40 dias internada por causa do coronavírus. Após a alta da idosa, o médico fez questão de prestar uma homenagem nas redes sociais e a história emocionou muita gente.
‘Tia Elzinha’
Elza foi professora de Flávio em 1986, quando ele estudava na Escola Estadual José Inocêncio da Costa, no Centro de Matão.
O médico lembra que a relação com a ‘tia Elzinha’ sempre foi muito importante para ele.
“Eu gostava tanto dela, que na época eu ‘enchia o saco’ da minha mãe para que ela lhe comprasse uma joia. Não consegui a joia, [mas] consegui presenteá-la com um porta-joias. Passados muitos anos, a vida nos colocou frente a frente novamente”, contou Flávio.
Reencontro
O reencontro dos dois poderia acontecer em um momento mais ameno, mas para quem acredita muito nas coisas do destino, sabe que eles estavam no local certo e na época certa.
Elza ficou internada por 40 dias sob os cuidados de Flávio. E foi o ex-aluno que fez questão de dar a alta médica para a professora.
“Confesso que esse momento foi muito melhor, muito mais feliz do que lhe dar uma joia. Na verdade, eu acabei me sentindo presenteando-a com um tesouro, né? Porque a vida realmente é um tesouro precioso que a gente tem”, comemorou o médico intensivista.
Homenagem
Após a alta, Flávio compartilhou a emoção que foi atender a ex-professora.
“Existem coisas, fatos e pessoas que marcam a gente ao longo da nossa vida. E uma dessas pessoas foi minha professora do prézinho, dona Elza ou tia Elzinha. Muitos anos se passaram e eu acabei reencontrando [ela], só que em uma situação bem diferente”, contou o médico nas redes sociais.
E Elza também fez questão de agradecer pela homenagem. “Em 1986, você me deu esse porta-joias de presente. Depois de 35 anos, você e Deus me deram a oportunidade de continuar aqui. Obrigada doutor Flávio, meu querido aluno”, agradeceu tia Elzinha.
Como não se emocionar com uma história dessas, gente?
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Por Monique de Carvalho, da redação do Só Notícia Boa. – Com informações de Sempre Família.