A incrível sensibilidade dos cavalos é algo para ser estudado. E o Peyo é prova disso. Ele é um cavalo terapeuta que atua em um hospital da França e escolhe sozinho o quarto vai entrar e qual paciente ele vai ajudar naquele dia.
E mais: a equipe médica que o acompanha garante que ele sempre vai até o paciente que mais precisa. Peyo entra acompanhado do tutor Hassen Bouchakour e vai justamente até as pessoas que estão mais debilitadas. (vídeo abaixo)
Essa “terapia animal” tem impacto positivo nos doentes: ajuda a reduzir a ansiedade, a pressão arterial e a melhorar a frequência cardíaca de pacientes terminais.
Ele entra no hospital uniformizado e esterilizado: “Antes de criar um encontro e para ter a certeza de que ele está certo, pedimos a Peyo para dirigir-se 3 vezes para o quarto onde ele quer ir e depois levantar a perna anterior para mostrar a porta certa”, explica no Facebook a página Les Sabots Du Coeur – Os Cascos do Coração, em tradução livre.
Prêmio
Uma das imagens do atendimento do Peyo foi feita no final de 2020 pelo fotógrafo Jeremy Lempin. Chamada Doctor Peyo and Mister Hassen, a foto foi indicada para a edição 2021 do World Press Photo na categoria Contemporary Affairs. (foto abaixo)
Na imagem ele se aproxima da cama de Marion, uma jovem de 24 anos com metástase, acompanhada do filho Ethan, de sete anos.
A foto foi tirada na unidade de cuidados paliativos do Centro Hospitalar de Calais.
A história do Peyo
O cavalo Peyo faz sucesso desde 2018, quando começou a ajudar na terapia de doentes numa ala pediátrica de um hospital na França. Ele pertence ao artista e cavaleiro Hassen Bouchakour.
Em 2011, após anos de competições e shows equestres, Hassen e o Peyo entraram no mundo da medicina.
E depois de vários resultados positivos com pacientes, em 2016, cientistas, médicos e veterinários decidiram criar o projeto Les Sabots du Coeur.
É um trabalho lindo que leva serenidade, amor e gentileza a pessoas que estão partindo desta vida.
Peyo “atende” pelo menos 20 pacientes por mês.
Assista:
Com informações do The Guardian