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Comida típica do Japão reduz infecção por Covid mostra estudo
17 de agosto de 2021
- Andréa Fassina
O Natô é um prato típico feito a partir da fermentação da soja Foto: reprodução japonês, uma espécie de
O Natô é um prato típico feito a partir da fermentação da soja Foto: reprodução japonês, uma espécie de

Uma comida típica do Japão usada no café da manhã reduziu a capacidade infecciosa do Sars-Cov-2, causador da Covid-19.

Trata-se do Natô, um prato de soja fermentanda com Bacillus subtilis, uma bactéria encontrada em plantas.

Cientistas da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio descobriram que o Natô ainda ajuda na prevenção de acidentes vasculares e doenças cardiacas. O estudo foi publicado em várias revistas científicas incluindo a Sciense.

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Estudo

Em todo o Japão acredita-se que o natô contribua para vidas mais longas e saudáveis – o Japão é o país com a maior expectativa de vida do mundo e lar de mais de um quarto da população mundial com 65 anos, ou mais.

Os pesquisadores descobriram, por meio de cultura de células, que o extrato de natô pode inibir a capacidade infecciosa do vírus SARS-CoV-2, que causa a covid-19 que assola o mundo inteiro.

Para isso, eles preparam dois extratos de natô, um com calor e outro a frio.

Eles aplicaram os extratos em conjuntos de células de bovinos e de humanos cultivadas em laboratório – um conjunto estava infectado com SARS-CoV-2, enquanto o outro conjunto estava infectado com herpesvírus bovino tipo 1 (BHV-1).

Quando tratados com o extrato de natô feito sem calor, o SARS-CoV-2 e o BHV-1 perderam a capacidade de infectar as células. No entanto, nenhum dos dois vírus pareceu ser afetado pelo extrato de natô tratado termicamente.

“Nós descobrimos o que parece ser uma protease, ou proteases – proteínas que metabolizam outras proteínas – no extrato de natô que digere diretamente o receptor de ligação na proteína espícula no SARS-CoV-2,” contou o professor Tetsuya Mizutani, da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio.

Neutraliza o vírus

A proteína espícula fica na superfície do vírus e se liga a um receptor nas células hospedeiras. Com a proteína espícula inativa, o SARS-CoV-2 não consegue infectar células saudáveis.

Os pesquisadores descobriram um efeito semelhante no BHV-1, mostrando que o alimento japonês pode conter a chave para o combate a outras infecções virais.

Embora os resultados sejam promissores, a equipe alerta que mais estudos são necessários para identificar os mecanismos moleculares exatos em ação.

A pesquisa também não fornece evidência de redução na infecção viral simplesmente pela ingestão de natô, uma vez que a substância agiu no contato com o vírus.

Quando esses novos estudos conseguirem identificar os componentes ativos e suas funções, os pesquisadores planejam avançar o trabalho para estudos clínicos em animais.

Com informações do Diário da Saúde

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