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4 medicamentos comuns reverteram Alzheimer, mostra estudo
4 de novembro de 2021
- Andréa Fassina
Os cientistas do IRB Barcelona conseguiram reverter o Alzheimer com medicamentos comuns Foto: Pixabay
Os cientistas do IRB Barcelona conseguiram reverter o Alzheimer com medicamentos comuns Foto: Pixabay

Um estudo conseguiu reverter os sintomas da doença de Alzheimer em camundongos, com 4 medicamentos usados ​​atualmente para tratar hipertensão e inflamação em humanos.

No estudo, publicado na Genome Medicine, a descoberta é que a doença é causada pela superprodução de proteínas o que traz esperança de um tratamento mais eficaz.

Ele foi feito por cientistas do IRB Barcelona – liderados pelo Dr. Aloy.

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Os medicamentos 

Quatro medicamentos – dois antiinflamatórios não esteróides e dois anti-hipertensivos – se mostraram eficazes em reverter a doença e neutralizar os sintomas nesses ratos.

“Estudos epidemiológicos já indicavam que pessoas que tomam antiinflamatórios regularmente apresentam uma incidência menor de doença de Alzheimer, mas isso não havia sido correlacionado com um medicamento ou mecanismo específico.

“Os resultados que estamos publicando são muito promissores e esperamos que mais pesquisas possam ser feitas sobre eles, pois podem dar origem a uma mudança de paradigma no tratamento desta doença”, disse o Dr. Aloy.

Análise molecular 

Os cientistas caracterizaram três estágios da doença de Alzheimer: inicial, intermediário e avançado.

Para cada um desses estágios, eles analisaram o comportamento dos animais, estudaram os efeitos no cérebro (especificamente o hipocampo no nível do tecido) e realizaram uma análise molecular para medir a expressão gênica e os níveis de proteína.

A abordagem adotada permitiu-lhes descrever a evolução da doença com um nível de detalhe até então desconhecido e também compará-lo com o envelhecimento saudável.

“O que observamos é que, embora a doença de Alzheimer compartilhe algumas características do envelhecimento acelerado, ela também é afetada por processos de envelhecimento totalmente diferentes”, diz o Dr. Aloy.

“Essa doença é causada pelo acúmulo anormal de certas proteínas, e vimos que, em alguns casos, isso não é causado por superprodução, mas por um erro na sua retirada”, acrescenta.

Após caracterizar a doença, os cientistas utilizaram o Chemical Checker, ferramenta computacional desenvolvida pelo mesmo grupo de pesquisa para encontrar medicamentos já existentes no mercado com capacidade de reverter os efeitos em nível celular.

Essa ferramenta permitiu que eles identificassem uma série de possíveis candidatos, que foram testados em vários modelos de camundongos da doença de Alzheimer.

Diagnóstico precoce

Além de abrir novos caminhos de pesquisa para o tratamento da doença de Alzheimer, a caracterização dos distintos estágios dessa condição publicada neste estudo favorece o diagnóstico precoce.

Diagnosticar a doença de Alzheimer numa fase inicial, quando os danos ao cérebro ainda são mínimos, é um dos principais focos de investigação para combater esta doença e reduzir os sintomas.

Com informações do Instituto de Pesquisa em Biomedicina e GNN

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