É fácil fazer o exame da próstata na rede pública de saúde? Onde fazer? Demora para marcar? Como procurar um urologista na rede pública? O SUS cobre os exames? E a cirurgia? As perguntas são de leitores do Só Notícia Boa, que viram a nossa a campanha do Novembro Azul e agora querem fazer o exame preventivo.
O Dr. Fernando Croitor, urologista que me operou no último dia 19 em Brasília, deu todas as respostas pra gente e ensinou o passo a passo para os homens com mais de 45 anos fazerem o exame.
Vindo de São Paulo, onde se formou, Croitor atende há mais de 20 anos na rede pública de Brasília, no H-RAN, além da clínica Miletto, que tem na Asa Norte.
Como e onde marcar o exame
O primeiro passo é procurar o posto de saúde mais próximo da sua casa. Lá eles encaminham para um médico urologista da rede pública.
“Atendo no HRAN. Mas os pacientes só chegam lá encaminhados pelo posto de saúde. […] A primeira porta de entrada são os postos de saúde, ou as UPAS [UBS], mas preferencialmente os postos de saúde. Eles vão fazer a primeira avaliação, pedir alguns exames e encaminhar para o especialista referenciado daquela região”, explicou Fernando Croitor.
E não precisa se preocupar com o valor dos exames.
“Os exames de prevenção são todos gratuitos no SUS… PSA, ultrassom, praticamente todas unidades básicas de saúde vão ter pelo como pedir e referencia para onde fazer”.
E caso o resultado dos exames dê positivo, o SUS também cobre a cirurgia de próstata.
“A cirurgia, caso precise ser feita, ela é gratuita também, o SUS cobre. Não há cirurgia robótica no SUS”, lembrou o médico ao explicar que no sistema público é feita a cirurgia aberta, comum, na qual o paciente tem alta três ou quatro dias depois.
Já a cirurgia robótica (que eu fiz), que permite alta para o paciente em 24 horas, ela ainda não é coberta pelo SUS, nem pelos planos de saúde.
Fila de espera
Infelizmente existe fila de espera em várias regiões brasileiras para fazer a cirurgia de remoção da próstata, chamada prostatectomia.
Mesmo assim, o Dr. Croitor lembra que opera até quatro pacientes por semana na rede pública em Brasília.
“O grande gargalo nosso é a fila de espera para que essas cirurgias sejam realizadas, dependendo da região do país onde vai ser feita. Em algumas regiões a gente tem uma fila de espera um pouco mais demorada, mas ainda assim, os pacientes têm acesso e conseguem tratar na rede pública, com certeza”.
Em outras palavras, não perca tempo. A prevenção salva vidas, como sempre diz o Dr. Croitor. E sabendo que os exames e até mesmo a cirurgia podem ser feitos gratuitamente pelo SUS, não tem mais desculpa para você adiar.
E não precisa ter medo, nem vergonha, mesmo porque o que pode salvar a sua vida é descobrir cedo a doença, antes que ela se manifeste, exatamente como aconteceu comigo, Rinaldo de Oliveira. Reveja aqui.