Uma pesquisa feita em parceria entre o Banco Mundial e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), mostra que o Brasil é o país da América Latina com menor taxa de rejeição à vacina da Covid-19.
Os dados da segunda fase do levantamento foram apresentados no final de novembro em Washington, Estados Unidos. A amostra recolheu depoimentos em 24 países. Aqui no Brasil, a hesitação da população à vacina está em 8%, o que é menos da metade da média.
Hoje, os registros mostram que 51% dos latino-americanos estão imunizados contra a covid-19, enquanto no Brasil, o percentual ultrapassa os 80%.
Campanhas contribuíram
Especialistas em saúde pública concluíram que essa adesão acontece devido a nossa cultura de imunização, alimentada por anos em campanhas massivas de vacinação promovidas pelo Sistema Único de Saúde – e em que a figura central era o Zé Gotinha.
Além disso, há fator social, pois os programas do governo que beneficiam famílias de baixa renda e as escolas e creches públicas, exigem a vacinação para garantir o benefício e as vagas.
Motivos para a rejeição
Mesmo sendo uma taxa muito baixa, a rejeição à vacina preocupa os estudiosos.
De acordo com o estudo do Banco Mundial, áreas rurais e pobres são hoje as mais afetadas por sentimentos antivacina na América Latina.
“Entre os não vacinados, mais da metade afirma que sua indisposição deriva da falta de confiança e uma preocupação com a eficácia da vacina. A hesitação vacinal é particularmente alta entre as famílias rurais e indivíduos com níveis de escolaridade mais baixos. A população do Caribe apresenta os níveis mais altos de hesitação vacinal”, afirmam os pesquisadores no relatório.
No gráfico produzido pelo Banco Mundial, é possível ver o percentual de população vacinada (azul), quem ainda pretende se vacinar (amarelo) e quem não quer se imunizar contra a doença (vermelho). Veja:
Com informações de Poder 360