A Universidade de Oxford, uma das mais importantes do mundo, terá duas unidades no Brasil.
As duas serão no centro do Rio de Janeiro, informou Sue Ann Clemens, a pesquisadora brasileira que vai liderar a iniciativa. E esta será a primeira unidade da instituição britânica na América Latina.
O projeto – anunciado em outubro – foi oficializado em cerimônia esta semana na capital fluminense.
As duas unidades
De acordo com Clemens, é ali que deve ficar uma das sedes, destinada a projetos em parceria com a pasta.
Já o outro novo centro de pesquisa será baseado no Instituto Carlos Chagas, referência em pós-graduação médica. Ali funcionará o braço educacional da universidade, com cursos que devem começar já no primeiro semestre de 2022.
Uma das unidades vai cuidar de doenças infecciosas e a outra, de vacinologia, com professores brasileiros e estrangeiros.
Na unidade serão realizadas ainda pesquisas independentes, com financiamento de instituições não governamentais.
Uma delas foi iniciada recentemente, paga pela Fundação Bill e Melinda Gates, testando doses de reforço das vacinas da Clover e da AstraZeneca.
Clemens foi responsável por conduzir os testes da vacina de Oxford/AstraZeneca no Brasil e preside o comitê científico da fundação de Bill Gates.
Também participa de comitês avaliadores de outros imunizantes e é coordenadora do primeiro mestrado em vacinologia do mundo, na Universidade de Siena.
Também participou da cerimônia desta segunda o cientista americano Andrew Pollard, diretor do Grupo de Vacina de Oxford que veio ao Brasil para acertar os detalhes da parceria. Ele agradeceu o apoio do governo brasileiro, mas ressaltou que a ciência deve ser independente.
Ele acrescentou que as pesquisas de Oxford no Brasil também deverão ter foco em outros temas além de vacinas, como cardiologia, inteligência artificial e atenção primária. Deverão ser feitas cooperações, por exemplo, com os institutos nacionais do Câncer (Inca), do Coração (INC) e de Traumatologia e Ortopedia (Into).
Com informações da AgênciaAids