Foi com a ideia de que o Natal precisa ser abençoado para todos, que a Mônica Saraiva ajudou a levar um pouco mais de dignidade e alegria para algumas famílias do Ceará.
Residente há 25 anos na Alemanha, ela se comoveu muito – assim como todos nós – com um vídeo que viralizou na web: famílias tirando comidas de um caminhão do lixo em um bairro nobre de Fortaleza.
A cena foi registrada em setembro pelo motorista de aplicativo André Vasconcelos repercutiu bastante em todas as redes sociais. Conversando com um amigo sobre o ocorrido, Mônica decidiu que queria ajudar algumas dessas pessoas e enviou cestas básicas para 12 famílias.
Choque
O vídeo das famílias catando comida do caminhão de lixo rodou o mundo. As cenas mostravam o contraste social da maioria dos brasileiros e chocou bastante.
Por aqui, lançamos uma vaquinha junto com o André, para também ajudar essas famílias com um pouco de alimento.
Da Alemanha, Mônica contou que ficou ‘chocada’ e se comoveu pensando no que poderia fazer para contribuir com essas famílias.
“A gente não pode resolver todos os problemas do mundo, mas temos que fazer o que está ao nosso alcance”, disse.
Ajuda
E foi movida pela emoção e vontade de ajudar, que Mônica tomou uma decisão: destinar o salário de dezembro para comprar insumos para 12 famílias em situação de vulnerabilidade. Com isso, a cearense garantiu quatro meses de cestas básicas para essas pessoas.
“Estou muito feliz por poder fazer isso, porque essa é uma corrente de solidariedade que é apenas uma semente. Eu espero que motive outras pessoas a fazerem a mesma coisa, essas famílias precisam muito pra que não tenham que procurar comida no lixo, isso é muito triste, não podemos deixar isso acontecer mais”, explica.
Comida para a ceia
Para a entrega das cestas, Mônica contou com a ajuda do amigo Joaquim Rolim.
Uma das contempladas foi a Sandra Holanda, de 57 anos, que afirmou estar muito grata com o ato.
“Eu também ajudo as minhas filhas, reparto com elas. Tô muito grata, há muitos anos sou daqui do lixão. Por exemplo, lá em casa eu tinha feijão e arroz, mas não tinha o tempero, mas ontem comprei uns ovinhos e nós comemos”, relata.
A esperança agora é de dias melhores com o carrinho de lanches que ganhou para começar a trabalhar vendendo cachorro-quente. Segundo ela, em janeiro as atividades começam, no entanto, a preocupação é outra: “o meu já tô despreocupada, agora é o das outras, vamos esperar o delas”.
Com informações de Diário do Nordeste