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“Machucar uma mulher é ultrajar a Deus”, diz Papa Francisco
2 de janeiro de 2022
- Rinaldo de Oliveira
O Papa Francisco condenou a violência contra a mulher na primeira missa de 2022 - Foto: Reprodução / Vatican News
O Papa Francisco condenou a violência contra a mulher na primeira missa de 2022 - Foto: Reprodução / Vatican News

O Papa Francisco condenou a violência contra a mulher na primeira missa de 2022, neste sábado, 1º de janeiro. E disse que ferí-las é ultrajar a Deus.

“Quanta violência existe contra as mulheres. Já chega! Machucar uma mulher é ultrajar a Deus, que tomou sua forma humana de uma mulher”, disse pontífice em homilia na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

A missa foi no dia em que a Igreja Católica celebra a Solenidade de Maria Santíssima.

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Mulheres são pacificadoras

Francisco falou sobre temas da maternidade e das mulheres, afirmando que elas são pacificadoras.

As mães, disse, “sabem como manter unidos os fios da vida” e, portanto, são essenciais no mundo de hoje, porque são “capazes de tecer fios de comunhão, que se contrapõem aos arames farpados das divisões, que são tantos”.

“E visto que as mães dão vida e as mulheres mantêm o mundo [junto], vamos todos fazer maiores esforços para promover as mães e proteger as mulheres”, apelou o Papa.

Violência aumentou na pandemia

Desde que a pandemia de covid-19 começou, Francisco se pronunciou várias vezes contra a violência doméstica, que aumentou em muitos países após os bloqueios deixarem muitas mulheres presas com seus agressores em casa

O Brasil é o quinto país do mundo em ranking de violência contra a mulher, atrás somente de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.

Os dados são do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e foram divulgados em 2021.

“Neste período de pandemia de covid-19, no qual as pessoas ficaram em casa respeitando o distanciamento social os números aumentaram exponencialmente”, disse a médica Sônia Oliveira Lima, professora e pesquisadora do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), que tem estudos acadêmicos sobre o assunto.

Ela considera que esta situação ultrapassa a várias endemias e já se tornou uma pandemia, que assola o mundo ao mesmo tempo que o coronavírus.

Com informações da DW e Unit

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