O mundo ganhou muito com as impressoras 3D. A partir delas é possível obter soluções únicas e, dessa vez, um biocurativo feito de pele artificial está sendo desenvolvido para ajudar nos tratamentos de pessoas com queimaduras. Isso é incrível!
A iniciativa é da startup 3DBS. Ana Luiza Millás, fundadora e diretora de pesquisa da marca, explica que o uso de células dos pacientes em um biocurativo 3D pode acelerar o processo de recuperação e reduzir o índice de rejeição de outros fármacos, como pomadas.
“A gente pega células humanas da pele, que são fibroblastos, melanócitos e queratinócitos, carrega no cabeçote da bioimpressora e o equipamento vai reconstruir esta pele camada por camada”, explica Ana.
Custo reduzido para distribuição
Apesar de ser um experimento ainda em fase de testes aqui no Brasil, Ana Luiza reforça que eles já são fabricados na Europa e nos Estados Unidos. Entretanto, o alto valor na conversão do dólar para o real, além das barreiras alfandegárias, dificultam a importação desses produtos.
Com a produção do biocurativo em nossos laboratórios, a distribuição dele ocorrerá com um custo bem menor e com uma maior praticidade.
“Existe uma demanda muito grande pelo desenvolvimento de métodos alternativos nacionais. Porque até então nós só tínhamos pele para usar de laboratórios de fora do país. Esses modelos eram muito difíceis de chegar aqui, raríssimos e custosos. Outra coisa, eles usam células que não são nossas, que não são da diversidade brasileira”, explica.
Testes
A pesquisadora destaca que a 3DBS está trabalhando bastante no desenvolvimento da pele artificial e que futuramente ela poderá ser utilizada por hospitais especializados em pacientes com queimaduras.
No entanto, para chegar ao uso médico, a nova tecnologia precisaria passar por uma série de fases, como testes dos curativos feitos em impressora 3D em animais e também a elaboração de uma logística.
“Hoje é possível com a bioimpressão, e com a tecnologia das engenharias de tecido, produzir pequenos pedaços de pele, osso, cartilagem, modelos in vitro e miniórgãos”, concluiu.
Com informações de R7