Olha que ideia fantástica para aproveitar o tempo ocioso dos presos e ajudar animais que não têm um lar. Detentos estão treinando cães para a adoção e com isso ganhar redução no tempo de pena.
A boa notícia, que pode ser copiada em qualquer parte do mundo, vem da Fulton County Jail, em Atlanta, nos Estados Unidos.
Mais de 400 homens já trabalharam com a Canine CellMates e mais de 150 cães de abrigos foram adotados, de acordo com Susan Jacobs-Meadows, fundadora da ONG.
O programa de reabilitação na prisão treina cães que vivem em abrigos e estão para adoção. A ONG realiza ações semelhantes dentro de presídios nos Estados Unidos desde 2013.
Dois dos vitoriosos
Ray Keith, de 25 anos, é um dos participantes do programa. Ele começou a treinar um filhote mestiço chamado Rio, que não atendia a nenhum comando.
Mas Keith usou técnicas de reforço positivo como recompensas para ensinar a Rio não apenas a“sentar”, mas andar com trela solta e habilidades como “fique”, “venha”, “espere”, “abaixe”, “me observe” e “cama”
Graças a esse treinamento, Rio foi adotado em um lar amoroso para sempre.
“Vindo de onde eu sou, isso me ajudou a ter uma segunda chance na vida”, disse ele. “O programa está definitivamente me dando uma segunda chance e também dando aos cães uma segunda chance.”
Como funciona
A organização convida os detentos para aprender a treinar cães de abrigo para adoção. O programa tem duração de 10 semanas.
Os cães recebem socialização e treinamento 24 horas por dia, 7 dias por semana dos homens, em um espaço especial para treinadores.
O programa Além das Grades foi criado no ano passado e deu uma segunda chance – e uma capacitação – para vários detentos.
A ideia é que, em vez de ficarem encarcerados ou prosseguirem pelo sistema legal, os participantes se comprometam a treinar cães de abrigo por um ano em uma sede da ONG.
O objetivo é oferecer aos detentos reincidentes uma chance de crescimento pessoal.
“Quando alguém vai para o sistema uma vez é ruim. Mas uma vez que eles estão lá pela segunda ou terceira vez, sua oportunidade de sair e ficar fora do sistema é pequena”, disse ela.
“Quase não há recursos para esses homens. A sociedade acabou com eles. … Então são eles que realmente têm meu coração.”
Segunda chance para cães também
Susan também reconhece que não são só os detentos que recebem uma segunda chance.
Os cães que passam pelo programa normalmente são retirados de um abrigo municipal que sofria com a superlotação.
Após o treinamento, os animais são enviados para adoção e o risco de devolução cai bastante.
“A magia do nosso programa são os cães”, disse ela. “Os cães iniciam o processo de mudança positiva”, concluiu.
Com informações de The Washington Post