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Remédio aprovado no Brasil fez câncer desaparecer em todos os pacientes
8 de junho de 2022
- Andréa Fassina
O dostarmilab aprovado no Brasil fez o câncer desaparecer em 100% dos pacientes. À direita, o oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, Luiz Diaz Jr., um dos autores do estudo Foto: Divulgação
O dostarmilab aprovado no Brasil fez o câncer desaparecer em 100% dos pacientes. À direita, o oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, Luiz Diaz Jr., um dos autores do estudo Foto: Divulgação

Um medicamento já aprovado no Brasil pela Anvisa surpreendeu toda a comunidade científica ao fazer desaparecer câncer de colorretal em 100 por cento, ou seja, em todos os pacientes.

O tratamento foi realizado em um pequeno grupo de 12 pacientes com o anticorpo monoclonal dostarlimab e em todos eles, houve remissão da doença e os resultados positivos se sustentaram por um ano.

“Durante o período médio de acompanhamento de 12 meses, nenhum paciente recebeu quimiorradioterapia e nenhum paciente foi submetido à ressecção cirúrgica”, diz trecho do estudo norte-americano, publicado no periódico New England Journal of Medicine no último domingo, 5.

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O assunto foi debatido pelos maiores oncologistas do mundo, durante o evento anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês). A reunião, Chicago, EUA, terminou nesta terça-feira, 7.

Tumor desapareceu

O dostarlimab é aprovado no Brasil para tratar câncer de endométrio, e não tinha sido testado contra outros tipos de tumores.

Após o tratamento, exames como ressonância magnética, avaliação endoscópica, toque retal ou biópsia não apontaram evidências da presença de tumor.

Os pacientes tomaram o medicamento por meio intravenoso a cada três semanas por seis meses.

Um ano depois do início do tratamento, os tumores desapareceram dos exames.

Pesquisa histórica

Em entrevista ao jornal The New York Times, o oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, Luiz Diaz Jr., um dos autores do trabalho, afirma que a taxa de sucesso da pesquisa não é comum, e talvez seja a primeira vez que algo do gênero é registrado na história de estudos contra o câncer.

Cerca de três quartos dos participantes apresentaram efeitos colaterais leves ou moderados, como fadiga, náusea, coceira e alergias.

O estudo ainda não foi concluído, e seguirá acompanhando os pacientes para verificar se os tumores não voltarão.

Outras pessoas ainda devem ser incluídas na pesquisa a partir de agora e os cientistas querem testar o remédio também contra outros tipos de câncer.

Com informações da Veja

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