Estudante do terceiro período de Medicina, Mickael Ítalo encontrou na música, uma maneira leve e divertida de diminuir a angústia de pacientes internados em um posto da UPA, em Fortaleza, no Ceará.
Sanfoneiro por paixão, ele passou a levar o instrumento e tocar canções para as pessoas acamadas, pensando em cuidar também do psicológico dos pacientes, como parte do processo de cura deles. E tem dado certo! (assista abaixo)
“Coloquei a sanfona no peito e sai tocando e cantando de leito em leito, onde muitos pacientes ficaram animados e felizes. Tem uma paciente que passou a manhã chorando após ser internada, mas quando comecei a tocar, ela se levantou sorrindo e até me filmou“, disse o jovem médico, de 21 anos.
Inspiração
Mickael conta que a maior inspiração para levar a música aos pacientes veio do primo dele, que também é médico.
Dr. Tarcylio é emergencista da UPA Pirambu, na capital cearense, e sempre levava alguma atividade para distrair pessoas internadas.
Como sabia tocar sanfona, Mickael decidiu levar o instrumento e perguntou aos pacientes o que eles achavam da iniciativa. A resposta? todos aprovaram. Foi assim que tudo começou.
Para o estudante de medicina, quando se toca uma canção para quem está passando por dias ruins, pode-se levar um ar de esperança e felicidade.
Mickael Ítalo acredita que a música restaura as pessoas, e que a sanfona é um instrumento tocado colado no peito, cheio de sentimentos onde o maior deles é o amor.
Alem da sanfona, Mickael contou que também sabe tocar outros instrumentos como teclado, violão e cavaquinho. E ele pode ver a possibilidade de levá-los até a UPA para divertir ainda mais os pacientes.
Reconhecimento
Em um desses momentos em que estava tocando na UPA, Mickael quis registrar a alegria dos pacientes e compartilhou o vídeo do perfil dele no Instagram.
As imagens rapidamente se espalharam pela web e o médico conta que tem recebido muitos elogios pela iniciativa.
“Acredito que a música cura as pessoas. Estar em um leito por dias sem nada de novo ao não ser o barulho dos aparelhos chega a ser ensurdecedor. Quando se ouve o som de uma música, de uma sanfona, a alma se renova de alguma forma, o paciente se sente acolhido, se sente melhor por algum instante. São gestos simples que não demandam muito tempo, somente bondade”, completou.
Mickael Ítalo aprendeu a tocar sanfona sozinho aos 16 anos de idade. Ele é filho do contador Jailson Rocha e da auxiliar de escritório, Nucléa Aragão.
Veja um pouco da alegria que ele leva para os pacientes:
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Com informações de Sobral Online