Uma mecânica que atende mulheres em casa, com segurança! Foi isso que uma confeiteira de São Paulo decidiu fazer e conseguiu. Rebecca Menezes, de 22 anos, largou o emprego de confeiteira para se aventurar na profissão de mecânica em Brasilândia, bairro da capital paulista.
“Trabalho com uma van e realizo atendimento em domicílio. Faço instalação de pneus, alinhamento e balanceamento”, contou Rebecca. Ela disse que tomou a atitude porque muitas mulheres temem chamar um mecânico homem.
“Muitas já me contaram que têm medo de solicitar um serviço mecânico por receio de ser mal atendidas por um homem e de ele ser ignorante […] Quando elas veem uma mulher à frente desse trabalho, parece um alívio, elas se sentem mais seguras”, afirmou a empreeendedora.
Hoje, Rebecca está cursando técnico de mecânica automotiva no Senai para melhorar seus conhecimentos e atender ainda melhor as clientes, que é feito em uma van.
Sua especialidade é mexer com suspensão, freios e pneus, embora ela entenda também de motores, serviços de montagem, balanceamento e alinhamento. Atualmente, a mecânica da CantuStore cursa técnico de mecânica automotiva no Senai, com previsão de formação no segundo semestre de 2023.
Mudança de profissão
Sabe tradução de família? A jovem contou que pai dela, Saulo, e o avô, Cláudio, são mecânicos e que cresceu observando os dois trabalhando. Na curiosidade de aprender mais sobre a profissão, ela se aventurou.
“Fui crescendo nesse meio, gostava de ficar olhando e até ajudava meu pai durante a manutenção de carros”, contou.
“Não sei se posso dizer que queria ser mecânica desde criança, mas era uma área que já me interessava. Quando surgiu a oportunidade de deixar a confeitaria para e ingressar no ramo de conserto e manutenção de automóveis, eu não pensei duas vezes”.
Quebrando o tabu
A jovem relatou também que o processo de autoaceitação foi intenso.
Ela precisou frequentar feiras da área e conhecer outras mulheres para quebrar esse tabu de ser mulher mecânica. E até mesmo para convencer a família de que era sua vontade.
“Quando resolvi abandonar o que fazia na confeitaria e comuniquei à família que iria me profissionalizar na mecânica, foi um choque para todo mundo, pois eu era de uma área muito diferente, né? Foi uma loucura, porque meus pais queriam muito que eu cursasse gastronomia e investisse nessa área. Mas eu estava decidida”.
Se o negócio deu certo? Ela responde:
“Eu tenho uma rotina de trabalho e uma média de quatro atendimentos por dia. Em geral atendo apenas mulheres, porque percebo que elas me deixam mais à vontade para perguntar sobre o serviço, sobre o carro, tirar dúvidas que, às vezes, elas não teriam abertura com um mecânico homem”, concluiu.
Loucura que deu certo! Parabéns, Rebecca! Sucesso!
Com informações do Virtz