É isso mesmo que você leu! Um buraco negro que ‘engoliu’ uma estrela em 2018 e simplesmente a “cuspiu” três anos depois. A ação surpreendeu cientistas que isso nunca tinham visto isso antes.
O ato do buraco negro foi registrado esta semana no periódico científico Astrophysical Journal.
Em comunicado Yvette Cendes – pesquisadora associada do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e principal autora do estudo – explicou que é comum o buraco negro “arrotar” quando consome algo, porém, isso acontece logo após o “consumo”. E desta vez foi diferente!
O fenômeno
O ato de eliminar partes de estrelas absorvidas pelos buracos negros trata-se de um fenômeno chamado de evento de ruptura de maré (TDE). Quando isso acontece, é logo após o “consumo” desse buraco negro e é liberada uma onda luminosa de raios X.
Nesse caso em especial, por meio do telescópio espacial Very Large Array (VLA), os astrônomos identificaram a explosão em um buraco negro que não havia consumido mais nada desde 2018.
Porquê esse é diferente?
Esse TDE ganhou o nome de AT2018hyz. Como informado anteriormente, é comum os buracos negros se alimentarem na estrela e logo em seguida “arrotá-la”, ou seja, eliminar partes dessa estrela. E quando isso ocorre, acontece a grande explosão de luz que pode ser detectada a milhões de anos-luz de distância.
Mas no caso do AT2018hyz, levou três anos para isso acontecer e resultou em uma mega explosão.
“Houve silêncio de rádio nos primeiros três anos, e agora está dramaticamente iluminado para se tornar um dos TDEs mais luminosos já observados”, relatou Edo Berger, professor de astronomia da Universidade de Harvard e coautor do estudo publicado no Astrophysical Journal.
É gente, o universo e seus mistérios são impressionantes!
Veja:
A black hole is burping up the remains of a star that it shredded and consumed nearly 3 years ago. “This caught us completely by surprise — no one has ever seen anything like this before,” says astronomer Yvette Cendes.
Learn more about the phenomenon: https://t.co/FaOeV9TEWX pic.twitter.com/9aJYZ0Y41M
— Center for Astrophysics | Harvard & Smithsonian (@CenterForAstro) October 13, 2022
Com informações do Estadão