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Pesadelos podem diminuir com alguns acordes musicais, descobrem cientistas
1 de novembro de 2022
- Rinaldo de Oliveira
O som escolhido para diminuir pesadelos foi o acorde de piano C69, formado pelo acorde de dó – dó, mi e sol, mais notas lá e ré. - Foto: Alexandra Gorn / Unsplash
O som escolhido para diminuir pesadelos foi o acorde de piano C69, formado pelo acorde de dó – dó, mi e sol, mais notas lá e ré. - Foto: Alexandra Gorn / Unsplash

Notícia boa para quem tem pesadelos. O poder da música pode te ajudar! Cientistas de Genebra, na Suíça, descobriram que acordes de dó conseguiram diminuir aqueles sonhos terríveis, que atrapalham muitas noites de sono e fazem as pessoas começarem mal o dia.

“Neste estudo, mostramos que podemos reduzir o número de sonhos emocionalmente muito fortes e muito negativos em pacientes que sofrem de pesadelos”, conta o autor Lampros Perogamvros, psiquiatra da Universidade de Genebra, na Suíça.

O estudo publicado na revista científica Cell, foi realizado com 36 pacientes diagnosticados com transtorno de pesadelo e mostrou que uma combinação de dois tipos de terapia reduziu a frequência desse tipo de sonho.

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O método não invasivo usa a terapia de ensaio notas musicais e imagens (TRI), na qual os pacientes reescrevem seus pesadelos mais angustiantes e frequentes e lhes conferem um final feliz. Então, eles “ensaiam” contando a si mesmos aquela história reescrita, tentando substituir o pesadelo.

Depois de os participantes do estudo preencherem o diário de sonhos por duas semanas, todos os voluntários receberam uma única sessão de TRI. Enquanto uma parcela serviu como grupo de controle, a outra metade dos voluntários passou por uma sessão extra de terapia, em que foi criada a ligação entre a versão positiva de seus pesadelos e um som.

As notas musicais

Ambos os grupos dormiam com fones de ouvido que tocariam o som enquanto dormiam, a cada 10 segundos durante o sono REM, quando os pesadelos eram mais prováveis ​​de ocorrer.

O som escolhido foi o acorde de piano C69, formado pelo acorde de dó – dó, mi e sol – somado às notas lá e ré.

Depois de duas semanas de novos registros no diário, os grupos foram avaliados e, após três meses sem qualquer tipo de tratamento, foram reavaliados.

Resultados positivos

No início, o grupo de controle tinha uma média de 2,58 pesadelos por semana, enquanto o grupo do acorde tinha 2,94. No final do estudo, o grupo de controle caiu para 1,02 pesadelos semanais; contudo, o grupo que escutou o piano caiu muito mais, chegando a apenas 0,19 pesadelo semanal. Eles também relataram um aumento nos sonhos felizes.

Após os três meses, os pesadelos aumentaram ligeiramente em ambos os grupos, para 1,48 e 0,33 por semana, respectivamente.

Os pesquisadores, no entanto, consideram que ainda é uma redução impressionante na frequência de pesadelos. Segundo eles, isso sugere que o uso dos sons para apoiar a TRI resulta em um tratamento mais eficaz.

“Observamos uma rápida diminuição dos pesadelos, juntamente com os sonhos se tornando emocionalmente mais positivos”, revela Perogamvros.

“Para nós, pesquisadores e clínicos, essas descobertas são muito promissoras tanto para o estudo do processamento emocional durante o sono quanto para o desenvolvimento de novas terapias.”

Com informações da Cell

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