Um verdadeiro tesouro foi encontrado: uma tumba, do século V dC (depois de Cristo) ! Ao que tudo indica pertencia a um importante guerreiro do povo huno enterrado com o cavalo dele. São mais de 100 objetos considerados valiosos. Outros três sítios arqueológicos também foram identificados.
A tumba foi localizada por um acaso quando trabalhadores escavavam para a construção de uma rodovia, em Mizil, no sudeste da Romênia, a 220 quilômetros do Mar Negro, na Europa.
O tesouro reúne armas, objetos cobertos de ouro e joias de ouro incrustadas com pedras preciosas, além de adornos utilizados em montaria.
A tumba continha o esqueleto completo do guerreiro: o rosto pareceria ter sido coberto por uma máscara de ouro, também desenterrada. Apenas uma perna e a cabeça de seu cavalo foram desenterradas até as últimas informações.
Investigações
O arqueólogo Siviu Ene, do Instituto de Arqueologia Vasile Pârvan em Bucareste, Romênia, conduz as pesquisas. Os pesquisadores descreveram como “principesca” a área considerada mais luxuosa, segundo ele.
Além da tumba do guerreiro, foram identificados mais três sítios arqueológicos separados durante a construção da estrada, e a tumba do rico guerreiro.
“Esta tumba é de grande importância porque, além do rico inventário, foi descoberta em um local junto com 900 outras características arqueológicas com poços, habitações e túmulos”, afirmou Siviu Ene.
Hunos
A identidade do guerreiro cuja tumba foi localizada segue desconhecida, mas os arqueólogos afirmam que os ricos bens funerários sugerem que ele pertencia à classe dominante no período Hunnic da região, ou “era da migração”, quando era controlada pelos hunos.
Os hunos eram cavaleiros nômades originários da Ásia Central. Durante os séculos IV e V dC, eles invadiram e ocuparam o extremo leste da Europa, enquanto desalojavam outros povos, levando-os a migrar para o oeste.
Os hunos eram um problema particular para o Império Romano bizantino que controlava grande parte das terras a oeste do Mar Negro, região na qual está a Romênia.
Principesco
As últimas descobertas arqueológicas na tumba de Mizil incluíam uma espada de ferro em uma bainha dourada, uma adaga, feixes de pontas de flechas de ferro e braçadeiras de osso decoradas que antes eram encaixadas em um arco de madeira.
A adaga é ornamentada com um punho coberto de ouro incrustado com pedras preciosas.
Os arqueólogos também desenterraram os restos de uma sela dourada, um caldeirão de bronze, vários “castiçais” decorados e joias em ouro.
Com informações Live Science