Oscar Reinoso, de 61 anos, provou que nada vai pará-lo, nem a perda da perna após um câncer agressivo. Agora Oscar será o primeiro atleta a competir no Lower Trestles, na Califórnia, nos Estados Unidos, no Circuito Mundial de Surf, usando uma prótese de perna. Normalmente, os atletas competem sentados ou de joelhos.
Oscar Reinoso diz que tem uma missão: ser campeão do Mundial de Surf. Vontade e esforço não faltam. Ele treina todos os dias para os vários campeonatos nacionais de surf que vão abrir as portas ao Mundial.
“Esse esporte me abraçou no pior momento da minha vida. Vou até o fim”, disse o argentino, que retira a prótese hidráulica da perna e a substitui por uma computadorizada em um minuto e meio, como quem troca de roupa.
O câncer na perna
Em 2007, Oscar Reinoso foi diagnosticado com um câncer agressivo. Procurou especialistas em vários países, mas acabou com o diagnóstico comum: teria de amputar a perna, do contrário o risco de metástase era grande.
Tudo começou com uma inflamação no joelho, dores intensas até a descoberta de tumor.
Foi ainda mais difícil para Reinoso convencer a si mesmo e mostrar aos quatro filhos – já em fase de reabilitação – que não estava em seus planos desistir.
A partir desse momento, não parou de treinar e experimentar diferentes atividades esportivas.
Força e resiliência
E a força de Oscar é exemplo para os quatro filhos que, como ele, passaram por momentos desafiadores na vida.
Em 30 de dezembro de 2004, o filho Lautaro Reinoso sobreviveu à tragédia de Cromañón – quando houve um incêndio em uma boate no norte de Buenos Aires, ferindo 1.432 pessoas e deixando 194 mortos.
“Todos eles passaram por momentos terríveis. A Micaela sofreu um ataque epiléptico e a pressão subiu para 24, o Alan salvou-se de uma meningite extremamente complexa, a Evelyn caiu de um terceiro andar e sobreviveu, como Lautaro em Cromañón”, disse o surfista.
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Desistir jamais!
Depois de receber alta, em meados de 2008, ele voltou para sua casa em Núñez com sua então esposa Marcela e seus quatro filhos e eles sugeriram mudar o quarto para o andar térreo para que ele não tivesse que subir as escadas.
Reinoso saiu da cadeira de rodas e sentou-se num degrau, de costas para ela.
“Comecei a subir um a um. Lágrimas caíram dos meus olhos porque vi meus filhos olhando para mim com pena. Daquele dia em diante, prometi a mim mesma que nunca mais choraria na frente deles, decidi que seria forte”, disse emocionado.
Viva a perseverança!
Reinoso que, lá atrás, não desistiu quando perdeu a perna, será simplesmente o primeiro surfista a competir no Mundial de Surf com prótese.
Que demais!
O Lower Trestles, na Califórnia, nos Estados Unidos, no Circuito Mundial de Surf, reúne 36 atletas masculinos e 18 femininos.
Com informações de El Mundo