Notícia boa para as amantes do churrasco. A carne está mais barata no Brasil! Em fevereiro, os preços tiveram a maior queda dos últimos 15 meses, de acordo com o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Cortes como o da picanha, por exemplo, tiveram a maior redução: 2,63%. Já o valor do filé mignon caiu 1,77%, e pode ser reduzido mais ainda. A queda foi pouca mas representativa, depois de tanto tempo em alta.
Depois da escalada de preços que parecia não acabar mais, consumidores comemoram a novidade e dizem que a carne começa a voltar ao prato de parte dos brasileiros. E o melhor: a tendência é de mais queda nos próximos meses.
Motivo da redução nos preços da carne
Analistas de mercado e economistas têm três explicações para essa queda:
- A quaresma, quando o consumo de carne bovina cai aqui no país
- A queda no preço das rações, que são usadas para engordar os animais
- E a suspensão das exportações para a China, por causa de um caso atípico do mal da vaca louca, no Pará
Lei da oferta e da procura
O presidente do Sindicato dos Donos de Açougues de Goiás, Sílvio Carlos Brito disse que a lei da oferta e da procura também pressionou os preços para baixo.
“A gente entende que esse preço se mantém, pela oferta que nós temos hoje do produto [a carne bovina] e também pela reação do consumidor. Nós temos as vendas estáveis também, sem qualquer aquecimento”, afirmou ao Jornal Nacional.
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Tendência é de mais queda
E Silvio Carlos Brito foi além: disse que a tendência é o valor da carne continuar caindo.
“A perspectiva é que esse preço se mantenha, até com uma tendência de queda”, afirmou.
Mas apesar dessa queda, o preço da carne continua alto para a maioria dos brasileiros, que vive de um salário mínimo por mês. Para eles, o churrasco do fim de semana ainda está longe.
“Principalmente para os brasileiros de baixa renda. Quanto menor a renda da família, mais distante da carne o brasileiro tende a ficar nesse momento”, disse o economista da FGV André Vaz.
Tem que baixar muito mais
Ele lembrou ainda que o valor da carne subiu muito nos últimos anos e precisa cair bem mais para que todos tenham acesso.
“A carne não para de subir há anos. Então, como o consumidor já viu o preço da carne se distanciar muito do que ele pagava quatro anos atrás, obviamente ele não vai se contentar com uma queda pouco superior a 1%. Isso é muito pouco para convidá-lo a colocar carne no seu carrinho de compras”, concluiu.
Com informações do JN