Olha essa! Cientistas do Reino Unido descobriram um tipo de vírus pré-histórico, ancestral mesmo, que pode ajudar as células do corpo a combater o câncer. São restos de vírus antigos que foram transmitidos ao longo de milhares ou até milhões de anos no DNA humano e eles querem transformar a descoberta em vacina contra a doença!
Os pesquisadores do Instituto Francis Crick notaram que os resquícios desses micro-organismos despertam quando células cancerígenas começam a tomar controle do corpo. Ou seja, esses vírus antigos ajudam o sistema imunológico a detectar a doença!
“O sistema imunológico é levado a acreditar que as células tumorais estão infectadas e tenta eliminar o vírus, então é uma espécie de sistema de alarme”, afirmou o professor George Kassiotis, chefe de pesquisa no instituto.
Descoberta impressionante
Ao colocar o vírus pré-histórico para reagir num organismo com células cancerígenas, os cientistas observaram que ele se multiplicava e ia em direção ao tumor, na tentativa de expurgá-lo do corpo.
Os pesquisadores observaram uma conexão entre uma maior taxa de sobrevivência ao câncer de pulmão e a atuação de uma parte específica do sistema imunológico – as chamadas células-B -, agrupada em torno dos tumores.
A observação dessas células nos casos de câncer de pulmão chamou atenção dos cientistas, que inicialmente não compreendiam por que elas haviam se direcionado à região afetada pela doença.
Foi então que eles fizeram diversos experimentos usando amostras de pacientes e testes em animais que revelaram que essas células estavam tentando combater o que identificavam como vírus. Impressionante!
Resposta ao câncer
Dessa forma, o vírus age como uma resposta ao câncer no organismo. Portanto, quando um câncer se espalha, as células cancerosas passam a crescer de forma descontrolada e os mecanismos desses antigos vírus acabam sendo perdidos.
E mesmo perdendo os mecanismos próprios de defesa, os fragmentos deixados pelos vírus anteriores ajudam o sistema imunológico a criar táticas para identificar uma ameaça.
Os anticorpos já treinados convocam outras partes do sistema imunológico que atuam para eliminar as células “infectadas” e, assim, enquanto o organismo tenta exterminar um vírus, acaba atingindo as células cancerígenas de tabela.
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Novas vacinas
Agora, com as comprovações feitas no estudo, os pesquisadores querem entender como podem potencializar esse efeito desenvolvendo vacinas para ensinar o corpo a caçar os fragmentos cancerígenos.
“Se pudermos fazer isso, é possível pensar não apenas em vacinas terapêuticas, mas também em vacinas preventivas”, concluiu George.
Torcendo já para que tudo dê certo!
Com informações do The Guardian