Um remédio revolucionário, feito com bactérias de fezes humanas foi aprovado pela agência reguladora de saúde dos Estados Unidos (FDA) para curar infecções causadas pelo uso prolongado de antibióticos, as temidas superbactérias que são muito resistentes.

A pílula revolucionária é produzida com bactérias encontradas nas fezes humanas de pessoas saudáveis. A droga, produzida pela farmacêutica Seres Therapeutics, tem nome de Vowst e será usada para o tratar pessoas com mais de 18 anos.

“A aprovação de hoje oferece aos pacientes e profissionais de saúde uma nova maneira de ajudar a prevenir infecções recorrentes por uso prolongado de antibióticos”, disse Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA.

Combate de inflamações

O uso prolongado de antibióticos pode causar a eliminação de bactérias benéficas do cólon, o que causa diarreia e a inflamação do cólon, parte importante do intestino grosso.

A Vowst vai conseguir suprir essa deficiência e evitar possíveis danos nesta região do corpo.

“A eficácia é tão boa que não sei se há muito espaço para outros competirem com esse medicamento”, disse Mark Breidenbach, analista de uma empresa que ajudou na aprovação da pílula.

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Testes clínicos e FDA

A aprovação pela FDA veio depois de diversos testes clínicos.

Mais de 400 voluntários participaram do estudo realizado para testar a segurança e eficácia do medicamento.

Os resultados foram positivos, com poucos efeitos colaterais e uma taxa de eficácia alta, no que diz respeito ao combate das infecções no cólon.

A dosagem do medicamento corresponde a quatro cápsulas tomadas uma vez ao dia, por via oral, durante três dias seguidos.

Nojinho?

Não é preciso ter nojo, viu? As fezes doadas para a produção do medicamento, são testadas e só são liberadas caso não sejam encontradas patogênicos transmissíveis.

Ainda assim, o Vowst pode apresentar um pequeno risco de transmissão de agentes infecciosos.

Nas instalações da empresa, as fezes humanas saudáveis passam por um processo de purificação para depois se tornarem medicamento. Foto: Reprodução/Seres Therapeutics.

Com informações de FDA.