Uma nova técnica, que foi aperfeiçoada, pode evitar a amputação de membros redirecionando artérias para veias, principalmente no caso de pessoas com diabetes.
Os dados mostraram que 76% dos pacientes que participaram dos testes conseguiram manter as pernas e tiveram feridas completamente curadas ou cicatrizadas seis meses após o procedimento.
“Este procedimento é a única opção para um subconjunto de pacientes com doença vascular grave que correm o risco de amputação de seus membros,” disse Daniel Clair, da Universidade Vanderbilt, dos Estados Unidos, coordenador dos estudos.
O ensaio clínico
Proposta pela primeira vez há mais de 100 anos, a técnica de arterialização das veias reorienta o fluxo sanguíneo que precisa ser direcionado para as veias do pé. Isso fez com que membros comecem a ser salvos.
Os novos testes são feitos nos EUA no ensaio clínico chamado PROMISE II, que analisou 105 pacientes com isquemia crônica com risco de amputação de membros e mostrou resultados positivos.
Os 105 pacientes foram tratados com o sistema minimamente invasivo, projetado para contornar as artérias bloqueadas na perna e restaurar o fluxo sanguíneo para o pé.
Todos haviam recebido indicação para amputação antes do procedimento experimental e tinham feridas que não cicatrizavam nos pés, sobretudo úlceras diabéticas.
Dor reduzida
Outra notícia boa dessa técnica é que a dor dos pacientes também foi significativamente reduzida.
E mais: os casos de morte por essas causas caiu em 87% em seis meses, entre os pacientes acompanhados.
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Opção contra amputação
Para Daniel Clair, da Universidade Vanderbilt, dos Estados Unidos, que coordena as pesquisas, esta é a opção perfeita para quem se encontra sob ameaça de uma amputação.
“Pacientes com diabetes de longa data e doença vascular grave no próprio pé geralmente não têm como restaurar o fluxo sanguíneo suficiente para o pé para curar feridas. No passado, a maioria desses pacientes acabou perdendo seus membros.”
De acordo o cientista, a técnica é a alternativa de recuperação e vida.
Viva a ciência!
Com informações do Diário da Saúde.