O sofrimento causado pelos coágulos sanguíneos que, por vezes, provocam tromboses e acidente vascular cerebral (AVC) pode estar com os dias contatos. Pesquisadores dos Estados Unidos desenvolveram um sistema capaz de conter hemorragias!
É um sistema bicomponente, formado por uma nanopartícula e um polímero. Depois de injetados no corpo, eles ajudam a formar os coágulos sanguíneos exatamente nos locais em que são necessários, estancando a lesão interna.
A pesquisa é conduzida pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos e os primeiros resultados mostram elevado nível de recuperação das lesões.
Casos específicos
A hemostasia primária (formação do tampão plaquetário) e a hemostasia secundária (formação do coágulo de fibrina) são processos interligados que ocorrem após lesão vascular.
Os pesquisadores procuraram atingir as feridas aproveitando pistas específicas para esses processos, como o uso de peptídeos que ligam plaquetas ativadas ou fibrina.
Ao contrário dos sistemas hemostáticos desenvolvidos anteriormente, a nova tecnologia imita as ações das plaquetas, células que iniciam a coagulação do sangue, e do fibrinogênio, uma proteína que ajuda a formar coágulos.
O sistema, em estudo em animais, servirá também para casos de ferimento grave ou quando a pessoa passa por uma cirurgia e precisa que coágulos se formem rapidamente para evitar hemorragia.
A perda de sangue em eventos traumáticos, como acidentes de carro, contribui para mais de 2,5 milhões de mortes por ano em todo o mundo.
Esse tipo de trauma pode causar sangramento interno de órgãos como o fígado, que é difícil de detectar e tratar. Nesses casos, é fundamental interromper o sangramento o mais rápido possível, até que o paciente possa ser transportado ao hospital para tratamento adicional.
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Resultados
A pesquisadora Paula Hammond, que participa dos estudos, demonstrou entusiasmo com os resultados preliminares da pesquisa.
“O que foi especialmente notável nestes resultados foi o nível de recuperação de lesões graves que vimos nos estudos com animais. Ao introduzir dois sistemas complementares em sequência, é possível obter um coágulo muito mais forte,” concluiu.
Com informações OnlineLibrary e Diário de Saúde